Tribuna Ribeirão
Economia

Petrobras eleva o preço da gasolina

Agência Brasil

Em linha com a alta do preço do petróleo no mercado inter­nacional, a Petrobras reajustou os preços dos combustíveis em suas refinarias. Os novos valores começam a valer nesta terça­-feira, 9 de fevereiro. A gasolina subiu 8,2% e passa a custar R$ 2,25, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro. O óleo die­sel subiu R$ 0,13 por litro, para R$ 2,24, alta de 6,2%.

A estatal ressalta que aos pre­ços da gasolina e do diesel vendi­dos na bomba dos postos reven­dedores são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas dis­tribuidoras, além das margens brutas das companhias distri­buidoras e dos próprios postos revendedores de combustíveis.

A estatal está sob pressão diante da necessidade de au­mentar seus produtos ao mes­mo tempo em que existe amea­ça de greve dos caminhoneiros pela alta do diesel. Na sexta-fei­ra (6), o presidente Jair Bolsona­ro acenou com a possibilidade de mudar a forma de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos Estados.

A ideia é amenizar a alta dos combustíveis, que também tem sido motivo de aumento de in­flação, levando o mercado a pre­ver uma possível alta na taxa de juros. A gasolina produzida nas refinarias da Petrobras já estava 5% mais cara desde 27 de janei­ro. O reajuste da gasolina anun­ciado ontem é o terceiro do ano e o combustível já acumula 22% de alta em 2021 – em dezembro, o litro custava R$ 1,84.

Em 19 de janeiro, o preço médio do litro já estava 7,6% mais caro. No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço do combustível. Segundo a estatal, em 2020 fo­ram feitos 41 reajustes na gaso­lina. Foram 20 aumentos e 21 reduções no valor do litro. Este é o segundo reajuste do ano para o óleo diesel. Em 27 de janeiro, subiu 4,4%. O combustível acu­mulou queda de 13,2 % no ano passado, em um total de 32 re­ajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.

O preço do etanol recuou em Ribeirão Preto e voltou a ser vantajoso para o consumi­dor abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, mas mes­mo assim a orientação é ana­lisar o desempenho do veículo para saber se vale mais a pena usar o álcool hidratado. A pari­dade em relação à gasolina está em 68,2%, segundo o mais re­cente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro.

Desde dezembro que a competitividade está no limite em Ribeirão Preto, sempre en­tre 68% e mais de 70%. Entre 24 e 30 de janeiro, por exem­plo, chegou a 70,4%. Além dis­so, apesar da queda de 2,9% no preço do etanol, que baixou de R$ 3,090 – maior valor da his­tória desde que a ANP passou a pesquisar preços na cidade – para R$ 3,000, os demais com­bustíveis estão mais caros esta semana na cidade.

O litro da gasolina custa, em média, R$ 4,400, alta de 0,2% em relação aos R$ 4,389 cobrados até dia 30. Considerando os va­lores médios da agência, voltou a ser vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.

Por causa dos avanços tec­nológicos e da melhor quali­dade do etanol produzido no Brasil, especialistas dizem que este índice pode ser de até 80%. No estado de São Paulo, maior produtor nacional, a paridade é de 69,83% – a competitivida­de estava em 70,10%, 70,21% e 70,49% nas semanas anteriores.

Em Ribeirão Preto, a ga­solina aditivada sai por R$ 4,521, aumento de 1,2% em relação aos R$ 4,467 do perí­odo anterior. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,675, alta de 0,5% ante os R$ 3,658 do dia 30. O diesel S10 custa R$ 3,775, valor 0,8% acima dos R$ 3,746 cobrados anteriormente.

Nos postos de Ribeirão Pre­to, o litro da gasolina custa, em média, entre R$ 4,30 (R$ 4,299) nos sem-bandeira e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos bandeirados. A nova, com 5% a mais de octa­nagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol custa entre R$ 3,06 (R$ 3,059) nos independentes e R$ 3,30 (R$ 3,299) nos franqueados.

O preço do álcool hidratado subiu pela sétima semana segui­da nas unidades produtoras do estado e está acima de R$ 2,10 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira (5), pelo Centro de Estudos Avançados em Econo­mia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

O litro do produto saltou de R$ 2,1272 para R$ 2,1321, au­mento de 0,23%. Acumula ele­vação de 19,43% em quase cinco meses, segundo os dados sema­nais do Cepea. O preço do ani­dro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu, mas segue acima de R$ 2,40. Baixou de R$ 2,4356 para R$ 2,4276, queda de 0,33%. O aumento acumulado em 140 dias é de 15,95%.

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