Tribuna Ribeirão
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O preço do descaso

Não bastasse todo o sofrimento que o setor de turismo está passando por conta da pandemia, ainda temos que con­viver com a omissão de alguns e o descaso do poder público.

O setor que é considerado um grande gerador de em­pregos e renda, há muito tem sido relegado pelo alcaide. A começar pela indicação desastrosa, na gestão passada, de um chefe da pasta totalmente despreparado e descompromissado. Essa péssima indicação resultou no desprestígio e no conse­quente desmonte da Secretaria de Turismo.

Preocupa-nos a vinculação do destino do Parque Perma­nente de Exposições ao futuro do Aeroporto Leite Lopes, vez que, ambos pertencem a governos e interesses distintos. A privatização do aeroporto é uma novela de anos e sem prazo para acabar.

Vale recordar, que o parque de saudosos e memoráveis eventos, foi criado em 1971 pelo visionário Antonio Duarte Nogueira (pai). Ele fomentou a EXPAM -Exposição da Alta Mogiana, que se transformou na FEAPAM – Feira Agrope­cuária da Alta Mogiana e o COMTURP – Companhia de Turismo de Ribeirão Preto. Inexplicavelmente e lamenta­velmente, todas estas ideias, que foram e são vitais para o desenvolvimento de Ribeirão Preto, estão sendo ignoradas pelo seu progenitor.

Tudo bem que não é o único responsável. Tem ainda, os bajuladores, que almejam algum cargo ou benécia. Com isso, transigem em princípios e acabam por contribuir com o atual estado de penúria. O gestor público, por sua vez, se aproveita e se blinda. Enquanto isso, todos perdem. A cidade perde.

A colheita chegou.

A Secretaria de Turismo foi rebaixada, ficou sem recursos e sem funcionários e, agora, se restringe a um reles “vamos ver no que vai dar”, junto a Secretaria da Cultura. O setor teme que o cabide para neófitos seja resgatado. Uma pena. As empresas quebraram. Os empregos se foram.

Os turistas sumiram. A par disso e sem trégua, o desespero e a fome bateram na casa dos garçons, dos fornecedores de equipamentos, dos cozinhei­ros, dos meîtres, dos cerimonialistas, dos recepcionistas, das arrumadeiras, dos organizadores de eventos, dos gerentes, dos músicos, dos seguranças, dos manobristas, dos atendentes, dos motoristas, dos guias de turismo, e muitos outros.

Resta-nos a esperança de uma secretária que, diferen­temente do anterior, se mostra com extrema boa vontade. Precisamos saber se ela terá cacife para se impor e recuperar o orçamento perdido. Resta-nos esperar que o Sr. Prefeito ouça a voz e o clamor da população que ele dirige. Resta-nos saber, se nesse novo momento, o prefeito de fato, cumprirá suas promessas de campanha. Resta-nos…

O tempo dirá!!!

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