O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, a entrega de mais 578,1 mil doses da Coronavac – vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Life Science e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan – para abastecer os 645 municípios do Estado e prosseguir com a imunização pelo estado.
A região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que envolve Ribeirão Preto e mais 25 cidades, receberá 14.800 doses até esta quarta-feira (3). A remessa será entregue ao Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE), onde os municípios menores deverão retirar os respectivos quantitativos. O DRS-VIII, de Franca, terá mais 8.700, e o DRS-V, de Barretos, mais 7.300.
“Nenhuma região do Estado de São Paulo ficará sem vacina para vacinar os idosos dentro do Programa Estadual de Imunização. Com essa nova entrega de vacinas, o Estado de São Paulo totaliza 1,7 milhão doses da vacina do Butantan para o programa de vacinação”, disse o governador João Doria (PSDB).
Segundo Doria, a imunização com este novo lote deve começar em 8 de fevereiro. A cada nova programação logística, a Secretaria de Estado da Saúde divulga os destinos e quantitativos, dando transparência às grades previstas para cada região. As vacinas distribuídas nesta etapa são para os municípios imunizarem os idosos acima de 90 anos.
Doria também disse que pretende iniciar a vacinação da população de 80 a 84 anos contra a covid-19 no fim de fevereiro. Antes disso, o governo paulista aguarda uma incorporação do público de 80 anos ou mais no plano nacional de imunização. Além disso, a partir da dia 14, o Estado começa a aplicação da segunda dose da Coronavac para os primeiros vacinados.
As secretarias Estadual e Municipal da Saúde não souberam informar ao Tribuna quantas dessas doses são para a cidade de Ribeirão Preto. A pasta local emitiu nota para informar que “aguarda a manifestação da Secretaria da Saúde do Estado sobre a quantidade de doses da vacina que Ribeirão Preto irá receber para organizar a vacinação dos idosos”.
O governo do Estado também pretende contemplar todo o público-alvo da primeira fase da campanha, que inclui trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, além de idosos (acima de 60 anos) e pessoas com deficiência a partir de 18 anos que vivem em instituições de longa permanência.
Segundo balanço divulgado pelo Departamento de Vigilância em Saúde, até a manhã desta segunda-feira (1º), Ribeirão Preto havia vacinado 9.900 profissionais da saúde, incluindo os da das unidades Campus e de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMRP/USP).
Já foram imunizados médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares e outros trabalhadores da rede municipal e dos hospitais públicos, particulares e filantrópicos que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus. A expectativa é atingir 32 mil trabalhadores do setor, das redes pública (estadual e municipal) e particular. Ou seja, até agora a cobertura vacinal chega a 30,9%.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, a meta é imunizar 150.275 pessoas dos grupos prioritários, formado nesta primeira etapa do Plano Municipal de Imunização (PMI) por profissionais de saúde e idosos e cuja vacinação começou no dia 19 de janeiro. A previsão inicial era concluir esta fase em 22 de março. São 32 mil profissionais de saúde e mais 118.275 pessoas acima de 60 anos.
No total, já vieram para Ribeirão Preto 28.560 doses, sem contar o lote da cidade referente a nova remessa de 14.800. A rede municipal tem 22.040 e 6.520 foram para o HC. Em 27 de janeiro, a Secretaria Municipal da Saúde começou a vacinar idosos internados e funcionários de instituições de longa permanência – casas de repouso, lares e asilos – contra o coronavírus.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, nesta primeira etapa da imunização foram destinadas duas mil doses para este público. As demais pessoas acima de 60 serão contempladas assim que Ribeirão Preto receber mais doses da vacina. Cerca de 84% das mortes por covid-19 na cidade são de pessoas com mãos de 60 anos.
Os primeiros a receber as doses serão os idosos com idade de 90 anos ou mais. O plano do governo estadual é que 1,6 milhão de pessoas do primeiro público-alvo (profissionais de saúde da linha de frente, indígenas, quilombolas e idosos em instituições como asilos) sejam imunizados até o dia 8. Entre as pessoas com 90 anos ou mais, a expectativa é que 206 mil pessoas sejam vacinadas. Já entre o público entre 85 e 89 anos, serão 515 mil pessoas.