Tribuna Ribeirão
Economia

Focus prevê IPCA de 2021 em 3,53%

Os economistas do merca­do financeiro alteraram a pre­visão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – indexador oficial de preços no – em 2021. O Rela­tório de Mercado Focus divul­gado nesta segunda-feira, 1º de fevereiro, pelo Banco Central (BC), mostra que a media­na para este ano foi de alta de 3,50% para 3,53%. Há um mês, estava em 3,32%.

A projeção para o índice em 2022 segue em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mes­mo patamar. O relatório Focus traz ainda a projeção para o IPCA em 2023, que continua em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permanece em 3,25%. Há quatro semanas, es­sas projeções eram de 3,25% e 3,20%, nesta ordem.

A estimativa dos economis­tas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com mar­gem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâme­tro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).

Selic
O Focus desta segunda-feira diz que a mediana das previsões para a Selic neste ano segue em 3,50% ao ano. Há um mês, esta­va em 3,00%. No caso de 2022, a projeção para a taxa básica de juros permanece em 5,00% ao ano, ante 4,50% de mês antes. Para 2023, continua em 6,00%, mesmo patamar de quatro se­manas atrás. Para 2024, ainda é de 6,00%, igual a um mês atrás.

Em janeiro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Co­mitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central preparou o terreno para pos­sível elevação dos juros em 2021. Isso porque a instituição deu fim ao chamado “forward guidance” (ou prescrição futu­ra, na tradução do inglês).

Adotado em agosto de 2020, o “forward guidance” era uma indicação técnica do BC de que não pretendia elevar os juros se a inflação seguisse sob controle e o risco fiscal não se alterasse. O problema é que, nos últimos meses, a inflação ao consumidor está mais salgada, puxada por aumentos de preços em itens como alimentos e energia.

Economia
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas no país – em 2021. A expectativa para a economia este ano passou de alta de 3,49% para elevação de 3,50%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,40%. Para 2022, o mercado financeiro manteve a previsão do PIB em alta de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

No Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2021 passou de expansão de 5,03% para 5,02%. Há um mês, estava em elevação de 4,78%. No caso de 2022, a estimativa de cresci­mento da produção industrial foi de 2,45% para 2,40%, ante 2,43% de quatro semanas antes.

O Focus mostrou leve mu­dança no cenário para a moeda norte-americana em 2021. A mediana das expectativas para o câmbio no fim período foi de R$ 5,00 para R$ 5,01, ante R$ 5,00 de um mês atrás. Para 2022, a projeção para o câmbio segue em R$ 5,00, ante R$ 4,90 de quatro pesquisas atrás. A projeção anual de câmbio publi­cada no Focus passou a ser cal­culada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano. A mudança foi anunciada em janeiro pelo BC. Com isso, a autarquia espera trazer maior precisão para as projeções cam­biais do mercado financeiro.

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