O Facebook irá deixar permanentemente de recomendar grupos políticos ou sobre ativismo civil aos seus usuários. A medida foi anunciada pelo fundador e CEO Mark Zuckerberg durante uma conferência com acionistas para divulgar os resultados financeiros da empresa no quarto trimestre de 2020.
“Esta á uma continuação do trabalho que já estamos fazendo para ‘baixar a temperatura’ e desencorajar conversas divisivas”, diz o executivo, que afirmou que a empresa também pretende diminuir a quantidade de conteúdo político que as pessoas veem em seus feeds.
“Uma das coisas que mais temos ouvido de nossa comunidade recentemente é que as pessoas não querem política e brigas dominando sua experiência com nossos serviços”, afirmou.
Em setembro, antes das eleições nos EUA, o Facebook já havia limitado a circulação de propaganda política em sua rede. E em outubro atualizou sua política contra discurso de ódio para banir a negação do holocausto, retórica frequentemente associada a grupos políticos de extrema-direita.
Em outubro a rede baniu o movimento QAnon de suas redes sociais (Facebook e Instagram). E em 7 de janeiro baniu indefinidamente o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, depois que este incitou seus seguidores a atacar o Capitólio, sede da câmera de deputados e do senado dos EUA, numa tentativa de reverter os resultados da eleição que deu a vitória a Joe Biden.
Será que adianta?
Esta estratégia para combater conteúdo “divisivo” e que propaga mensagens de ódio (que é diferente de opinião política) levou muitos a adotar o Parler, uma rede social que alardeava “liberdade de expressão” e tinha uma política de moderação bastante permissiva.
Após o ataque ao capitólio, que foi registrado em tempo real em fotos, vídeos e comentários por usuários que participaram do evento, o app da rede foi removido da App Store e Google Play, e os serviços de hospedagem foram suspensos pela Amazon, efetivamente retirando o Parler do ar.
Não sem que antes hackers conseguissem arquivar 99% do conteúdo postado, incluindo posts apagados, preservando material que pode incriminar centenas de pessoas que participaram do incidente.
Fonte: CNBC