A Apple retomou o segundo lugar das maiores fabricantes de smartphones do mundo, ultrapassando a chinesa Huawei e se aproximando da líder Samsung, segundo pesquisas das empresas Counterpoint Research e Canalys. Xiaomi, Oppo e Vivo ocupam as três posições seguintes.
A Huawei ocupou o segundo lugar durante aproximadamente um ano, de acordo com pesquisa da Canalys no ano passado. A gigante chinesa havia superado a Apple ao final de 2019, mas sanções impostas à ela pela guerra comercial com os Estados Unidos, durante a presidência de Donald Trump, acabaram trazendo um impacto severo aos negócios da companhia, que viu suas vendas caírem 21% em 2020 e chegando até mesmo a sair do top 5 no quarto trimestre daquele ano – algo inédito em toda a sua história.
Enquanto isso, a Xiaomi aproveitou o embalo de sua expansão internacional, vendendo 17% a mais em 2020 em relação a 2019 e assegurando o quarto lugar. O maior crescimento, porém, não pertence a nenhuma dessas empresas. A Realme é quem ganhou destaque no relatório da Canalys, que lhe atribuiu um crescimento de vendas de 65%.
Apple aproveitou bem o quarto trimestre
No caso da Apple, os números foram modestos, embora suficientes para retomar o segundo lugar do ranking dos smartphones: ambas as empresas de pesquisa lhe atribuem um crescimento de 3% ou 5%, com a Canalys ressaltando que o quarto trimestre de 2020 foi aquele onde a Apple vendeu mais iPhones em toda a sua história.
Na ponta do ranking, a Samsung viu seus números caírem consideravelmente – 14% em 2020 – graças a uma crescente concorrência levada à ela pela Apple no campo de smartphones topo de linha. Para complicar, o mercado de aparelhos intermediários acabou se tornando mais heterogêneo, com diversas fabricantes chinesas ganhando terreno onde a Samsung era dominante.
No índice geral, o mercado global de smartphones caiu entre 7% (Canalys) e 10% (Counterpoint), dependendo de qual relatório for analisado. Em ambos os documentos, porém, as empresas culpam a pandemia da Covid-19 como o fator de desaceleração – a Canalys ressalta que o ritmo voltou a subir no segundo semestre de 2020, senão o dano seria ainda maior.
Fonte: Counterpoint Research, Canalys