Segundo o The New York Times (NYT), o Facebook está desenvolvendo ferramentas para produção de newsletters, que explodiram em popularidade nos últimos anos. Entre elas estariam recursos para que um autor possa construir uma audiência, gerenciar listas de e-mail e gerenciar assinaturas, de forma similar a serviços já existentes.
Um executivo do Facebook não confirmou diretamente o rumor, mas disse ao NYT que a empresa trabalha em formas de apoiar os jornalistas independentes.
“Queremos fazer mais para apoiar os jornalistas independentes e especialistas que estão construindo negócios e audiências on-line”, disse o vice-presidente para parcerias globais de notícias do Facebook, Campbell Brown.
“Estamos explorando maneiras de ajudá-los a se beneficiar dos produtos de notícias que construímos, como o Facebook News e as assinaturas, enquanto também estamos construindo novas ferramentas para complementar o que os jornalistas já consideram útil”, afirmou.
O esforço é parte de um esforço interno do Facebook para adicionar mais fontes legítimas de notícias à sua rede. O fundador e CEO da empresa, Mark Zuckerberg, teria notado uma tendência entre jornalistas independentes de monetizar seu trabalho com newsletters, e ordenou à equipe que torne o projeto uma prioridade.
Ainda não há uma data para o lançamento do novo recurso, mas o NYT cita executivos que esperam que ele esteja disponível “neste verão” (no hemisfério norte), ou seja, entre março a junho.
Mais conteúdo e menos divisão no Facebook
Além de um investimento em fontes de notícias, o Facebook está tomando outras medidas para evitar conteúdo “divisivo” em seus serviços. A rede social irá deixar permanentemente de recomendar grupos políticos ou sobre ativismo civil aos seus usuários. A medida foi anunciada por Mark Zuckerberg durante uma conferência com acionistas para divulgar os resultados financeiros da empresa no quarto trimestre de 2020.
“Esta á uma continuação do trabalho que já estamos fazendo para ‘baixar a temperatura’ e desencorajar conversas divisivas”, diz o executivo, que afirmou que a empresa também pretende diminuir a quantidade de conteúdo político que as pessoas veem em seus feeds.
“Uma das coisas que mais temos ouvido de nossa comunidade recentemente é que as pessoas não querem política e brigas dominando sua experiência com nossos serviços”, afirmou.
Fonte: The New York Times