Tribuna Ribeirão
Geral

Larga Brasa

MENDIGO COM GALAXY E MANSÃO EM SÃO PAULO
Quando do início das atividades da Cetrem em Ribeirão Pre­to, eram realizadas rondas durante o dia para orientar aos que buscavam por aqui a chamada e decantada “Califórnia Brasi­leira” (na época reportagens nas maiores televisões do país mostraram trabalhadores rurais em lagoas com Jet skis, ca­minhonetas, etc.)
Nas imediações das 7 Capelas, um fotógrafo de “binocli­nhos” retratava os que deixaram suas terras no Nordeste e procuraram ganhar a vida nos canaviais da região, posando ao lado de possantes veículos. O fotógrafo tinha botas e cintas largas para criar a imagem de vencedores. Muitos daqueles tinham deixado suas mulheres, famílias dos pais e filhos e vi­nham “tentar a sorte” por aqui.
Os funcionários da Cetrem, no entanto, levavam a todos para a central na Rua Pernambuco, onde lhes era oferecida alimen­tação, banho e cama para descansarem. Também havia uma central de vagas de empregos, etc. ou em não havendo traba­lho nas usinas e nos campos, eles eram enviados de volta para suas cidades.

PEDINTES
Ao mesmo tempo o veículo daquele órgão da Secretaria de Bem-Estar Social convidava os pedintes para que se dirigis­sem a Cetrem para serem encaminhados. Encontraram muitas mulheres que alugavam crianças dos vizinhos para “derrete­rem” os corações dos que transitavam pelo calçadão e rendia dinheiro para elas repartirem com as mães verdadeiras das crianças.

UM CASO MAIS GRAVE
Um caso mais grave foi constatado pelas Assistentes So­ciais defronte às Lojas Americanas. Um cidadão com óculos escuros, mal trajado e com um chapéu desajeitado estava sentado ao lado da porta do estabelecimento e pedindo aju­da pela sua deficiência. Foi feito um levantamento e a Polí­cia descobriu que o cidadão era da Capital e que vinha com motorista contratado com seu Galaxy para Ribeirão Preto. Em determinadas ocasiões, deixava o veículo – que era um dos melhores da época – na Rua Tibiriçá e, enquanto seu emprega­do dormia no banco do Galaxy, ele pedia esmolas. No dia em que se apurou o estelionato, pois ele não era cego, mas muito vivo, havia arrecadado das 8 às 12 horas mais de um mil reais. As autoridades de São Paulo foram até sua casa e era uma mansão em avenida das mais badaladas e seu filho médico quem atendeu aos policiais. O falso cego só se safou porque importantes autoridades interferiram a seu favor e justifica­ram um desvio psicológico para não o enviarem para cadeia.

Postagens relacionadas

PUBLICIDADE: Doar sangue é um ato nobre

Redação 1

Ribeirão-pretanos estão “presos” em navio em Lisboa

Redação 1

Bolsonaro propõe derrubar máscara

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com