Os combustíveis estão mais caros em Ribeirão Preto. Os dados são do mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 17 e 23 de janeiro. O litro da gasolina custa, em média, R$ 4,356, alta de 1,7% em relação aos R$ 4,284 cobrados até dia 16. O do etanol superou a casa dos R$ 3 e saltou para R$ 3,027.
O aumento chega a 1,5% na comparação com os R$ 2,981 do levantamento anterior. Considerando os valores médios da agência, talvez não seja tão vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina está no limite (69,5%) – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Estava em 69,9% e 69,6% nas semanas anteriores (entre os dias 3 e 9 e 10 e 16 deste mês, respectivamente), mas chegou a 70% em dezembro. O consumidor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. Por causa dos avanços tecnológicos e da melhor qualidade do etanol produzido no Brasil, especialistas dizem que este índice pode ser de até 80%.
No estado de São Paulo, maior produtor nacional, a paridade é de 70,21% – a competitividade estava em 70,49% na semana anterior. Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,461, aumento de 1,6% em relação aos R$ 4,391 do período anterior. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,645, alta de 1,6% ante os R$ 3,586 do dia 16. O diesel S10 custa R$ 3,694, também 1,2% acima dos R$ 3,651 cobrados anteriormente.
Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa, em média, entre R$ 4,30 (R$ 4,299) nos sem-bandeira e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos bandeirados. A nova, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol custa entre R$ 3,06 (R$ 3,059) nos independentes e R$ 3,30 (R$ 3,299) nos franqueados.
O preço do álcool hidratado subiu pela quinta semana seguida nas unidades produtoras do estado e já está acima de R$ 2,10 nas usinas paulistas.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira (22), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto saltou de R$ 2,0737 para R$ 2,1081, aumento de 1,66%. Acumula elevação de 18,29% em pouco mais de quatro meses, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – interrompeu uma sequência de três quedas seguidas e voltou a fechar acima de R$ 2,40. Subiu de R$ 2,3945 para R$ 2,4302, alta de 1,49%. Em cerca de 130 dias, o aumento acumulado é de 16,06%.
No dia 15, a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – anunciou aumento no etanol e no diesel para os próximos dias. O motivo é o fim da isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a vigorar no mesmo dia no Estado de São Paulo.
Segundo o Núcleo Postos, o fim da isenção vai acarretar aumento de 10% nos impostos do setor de combustíveis, especificamente para o etanol e o diesel. O consumidor final já está pagando de 2% a 3% a mais nas bombas, segundo a Central de Monitoramento, e vai arcar com a tributação também. De acordo com Fernando Roca, membro do Núcleo Postos, o preço da gasolina também deve subir.
Desde 19 de janeiro, o preço médio do litro da gasolina vendida pela Petrobras em suas refinarias está 7,6% mais caro (R$ 0,15 por litro, em média). Subiu de R$ 1,84 para R$ 1,98. Foi o primeiro aumento do ano. O anterior havia sido em 29 de dezembro, de 5% – o do óleo diesel subiu 4% à época.
Em 2020, o preço médio da gasolina nas produtoras atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro. No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço do combustível. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes ma gasolina.
Foram 20 aumentos e 21 reduções no valor do litro. Para o óleo diesel, o preço para as distribuidoras aumentou R$ 0,08 no final de dezembro, chegando a R$ 2,02 por litro. O combustível acumulou queda de 13,2 % no ano passado, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.