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Larga Brasa

Presidente Figueiredo genérico
O doutor Wlamir de Lima Pupo, grande delegado que empres­ta seu nome como homenagem póstuma à Delegacia Regional de Polícia, era um funcionário da Polícia Civil com um tirocínio para apurar fatos delituosos impar. Certa feita, foi informado que um cidadão estava comercializando diamantes nas cha­madas “ bocas”.

Fiéis escudeiros
Imediatamente, correu para o local com seus fiéis “escudei­ros” e prenderam o dito cujo, que estava vendendo vários dia­mantes. Feita a checagem, constatou-se que as pedras eram verdadeiras e de excelente qualidade. O estelionatário era a “cara” do presidente João batista Figueiredo, que conduzia a nação à época.

Bom de prosa
Na Delegacia, o sujeito bom de prosa disse ao doutor Wlamir que contaria tudo, bastaria que ninguém colocasse as mãos nele para agredi-lo. O delegado, paciencioso em sua sala, co­meçou a ouvi-lo. Era da região de Porto Ferreira e parecido demais com o presidente da República. Ele tentava driblar alguns trabalhadores das bateias das florestas, no garimpo das pedras, e todos o confundiram com o militar, o general Figueiredo.

Agrado
Cada um pegava uma pedra entre as melhores e oferecia ao bandido como forma de agrado ao responsável pelos destinos do país. Ele se vestia com farda, botas militares e até insíg­nias. Tinha também um “ajudante de ordem” devidamente far­dado. Num vacilo, veio parar em Ribeirão Preto. O alerta geral foi dado e, ao que se sabe, nunca mais prosperou em seus golpes pela imensidão do Brasil. Ficou preso.

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