Tribuna Ribeirão
Economia

Focus prevê IPCA de 2020 em 3,43%

© REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados

A previsão do mercado fi­nanceiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Am­plo (IPCA – a inflação oficial do país) deste ano subiu de 3,34% para 3,43%. Há um mês, estava em 3,37%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda­-feira, 18 de janeiro, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a pro­jeção para os principais indica­dores econômicos.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectati­va permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% e 3,25%, nesta ordem. O Focus de hoje passou a incluir projeção para o IPCA de 2024, que é de 3,22%.

O cálculo para 2021 está abaixo do piso da meta de in­flação que deve ser perseguida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Mo­netário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com inter­valo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expecta­tiva é que a Selic encerre 2021 em 3,25% ao ano. Há um mês, estava em 3,00%.

No caso de 2022, a projeção seguiu em 4,75%, ante 4,50% de um mês antes. Para 2023 e 2024, as estimativas seguiram em 6,00%, mesmo patamar de quatro semanas atrás. Em de­zembro, ao manter a Selic em 2,00% ao ano, o Comitê de Po­lítica Monetária (Copom) do Banco Central preparou o ter­reno para possível elevação dos juros em 2021.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos enca­recem o crédito e estimulam a poupança. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobra­dos dos consumidores.

Entre estes fatores estão o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quan­do o Copom reduz a Selic, a ten­dência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produ­ção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulan­do a atividade econômica.

PIB e câmbio
As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 3,41% para 3,45%. Há quatro semanas, a estimativa era de alta de 3,46%. Para 2022, a expecta­tiva para Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento 2,50%, a mesma previsão há 143 semanas con­secutivas como já estava quatro semanas atrás.

Em 2023 e 2024, o merca­do financeiro também con­tinua projetando expansão do PIB em 2,50%. A projeção para a produção industrial de 2021 passou de alta de 4,78% para avanço de 5,00%. Há um mês, estava em alta de 5,00%. No caso de 2022, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,45% para 2,40%, ante 2,43% de quatro semanas antes. A pre­visão para a cotação do dólar permanece em R$ 5, ao final deste ano. Para o fim de 2022, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 4,75.

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