O preço médio do litro da gasolina vendida pela Petrobras em suas refinarias subiu de R$ 1,84 para R$ 1,98, nesta terça-feira, 19 de janeiro, o que representa uma alta de 7,6% (R$ 0,15 por litro, em média). Este foi o primeiro aumento do ano. O último aconteceu no dia 29 de dezembro.
“Os preços praticados pela Petrobras têm como referência a paridade de importação e, desta maneira, acompanham as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, informa a empresa.
A estatal acrescenta que, em 2020, o preço médio da gasolina em suas refinarias atingiu mínimo de R$ 0,91 por litro. Desde 29 de dezembro, o valor da gasolina já estava 5% mais caro nas refinarias da Petrobras. O litro do óleo diesel subiu 4% à época.
Com a medida, o preço médio da gasolina da estatal vendida para as distribuidoras aumentou R$ 0,09 e passou a R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço da gasolina. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes neste combustível.
Foram 20 aumentos e 21 reduções no valor do litro. Para o óleo diesel, o preço para as distribuidoras aumentou R$ 0,08, chegando a R$ 2,02 por litro. O diesel acumula queda de 13,2% no ano, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.
Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa entre R$ 4,10 (R$ 4,099) e R$ 4,60 (R$ 4,599). A nova, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol custa entre R$ 2,50 (R$ 2,499) e R$ 3,00 (R$ 2,999).
Porém, alguns revendedores elevaram o preço para R$ 3,10 (R$ 3,099) há duas semanas e o valor deve ter nova alta. O consumidor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. A relação entre o preço do etanol e o da gasolina está no limite, em 69,6%.
Os dados são do mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 10 e 16 de janeiro. Estava em 69,9% na semana anterior (entre 3 e 9 janeiro), mas chegou a 70%. De acordo com a ANP, o litro da gasolina vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,284.
O do etanol custa, em média, R$ 2,981.Considerando os valores médios da agência, já não é tão vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está no limite (69,6%) – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%.
Porém, por causa dos avanços tecnológicos e da melhor qualidade do etanol produzido no Brasil, especialistas dizem que este índice pode chegar a 80%. No estado de São Paulo, maior produtor nacional, a paridade é de 71,07%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 4,391. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,586. O litro do diesel S10 custa R$ 3,651. Todos os preços recuaram nesta semana. O preço do álcool hidratado subiu pela quarta semana seguida nas unidades produtoras do estado e continua acima de R$ 2 nas usinas paulistas.
Os dados foram divulgados na sexta-feira (15) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O litro do produto saltou de R$ 2,0639 para R$ 2,0737, aumento de 0,47%.
Acumula elevação de 16,63% em cerca de quatro meses, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu pela terceira semana seguida e finalmente está abaixo de R$ 2,40. Baixou de R$ 2,4017 para R$ 2,3945, queda de 0,30%. Em cerca de 125 dias, acumula elevação aumento de 14,57%.
Na sexta-feira, a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – anunciou aumento no etanol e no diesel para os próximos dias. O motivo é o fim da isenção do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que passou a vigorar no mesmo dia no Estado de São Paulo.
Segundo o Núcleo Postos, o fim da isenção vai acarretar aumento de 10% nos impostos do setor de combustíveis, especificamente para o etanol e o diesel. O consumidor final já está pagando de 2% a 3% a mais nas bombas, segundo a Central de Monitoramento, e vai arcar com a tributação também. De acordo com Fernando Roca, membro do Núcleo Postos, o preço da gasolina também deve subir.