Tribuna Ribeirão
Economia

Produção industrial cresce em dez locais

JOSÉ PAULO LACERDA/CNI

A produção industrial cresceu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de outubro para novembro, se­gundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em São Paulo, maior parque industrial do país, houve um avanço de 1,5%.

Os demais aumentos ocor­reram na Bahia (4,9%), Rio Grande do Sul (3,8%), Ama­zonas (3,4%), Região Nor­deste (2,9%), Santa Catarina (2,8%), Ceará (1,7%), Rio de Janeiro (1,6%), Paraná (1,2%) e Minas Gerais (0,6%). Houve perdas no Pará (-5,3%), Mato Grosso (-4,3%), Pernambu­co (-1,0%), Espírito Santo (-0,9%) e Goiás (-0,9%). Na média global, a indústria na­cional avançou 1,2% em no­vembro ante outubro.

A produção industrial já superou o patamar de feverei­ro, no pré-pandemia, em oito dos 15 locais pesquisados. Em novembro, a produção indus­trial nacional operava 2,6% aci­ma do pré-pandemia. Em São Paulo, o maior parque fabril do país, a produção rodava 6,0% além do nível de fevereiro.

Os demais locais com ga­nhos em relação a fevereiro foram Amazonas (com pro­dução 14,9% superior ao pré­-pandemia), Santa Catarina (9,5%), Ceará (7,5%), Minas Gerais (6,2%), Paraná (5,9%), Rio Grande do Sul (5,2%) e Pernambuco (1,8%).

Os sete locais ainda com perdas em novembro ante o patamar de fevereiro fo­ram Nordeste (-0,4%), Goiás (-1,8%), Bahia (-2,6%), Pará (-4,5%), Rio de Janeiro (-4,9%), Mato Grosso (-10,3%) e Espíri­to Santo (-11,8%). Em outubro, havia nove locais acima do pa­tamar pré-pandemia.

Em novembro, o Pará dei­xou o grupo que contabilizava ganhos desde fevereiro, após três meses seguidos de perdas na produção industrial regional, apontou Bernardo Almeida, ge­rente da pesquisa do IBGE. Já a produção industrial paulista su­perou o patamar de fevereiro, no pré-pandemia, mas ainda opera 17,2% abaixo do pico alcançado em março de 2011.

O parque fabril de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional. A indústria local cres­ceu 1,5% em novembro ante ou­tubro. “Esse crescimento pode ser atribuído ao setor de veícu­los, principalmente, e, secun­dariamente, também ao setor de máquinas e equipamentos”, aponta Bernardo Almeida.

Em novembro, a produção paulista já estava 6,0% acima do nível de fevereiro, no pré-pan­demia. Em relação a novembro de 2019, a indústria de São Pau­lo cresceu 4,7%, a terceira alta consecutiva. Nesse tipo de com­paração, houve crescimento em 14 das 18 atividades industriais locais. Não houve influência do efeito calendário, uma vez que o mês de novembro de 2020 teve o mesmo número de dias úteis que novembro do ano anterior, ressalta Almeida.

“A base de comparação do ano anterior não era uma base de comparação alta. Lembrando que o ritmo de produção antes da pandemia era de incertezas, como ainda é, com desempre­go alto, número de contratações baixo, tomadas de decisões cau­telosas. Tudo isso gerou uma certa cautela na cadeia de pro­dução nesses setores e trouxe para esse ano de 2020 a mesma influência. A pandemia acen­tuou esse sentimento”, avalia.

O pesquisador ressalta que tanto a indústria paulista quan­to a nacional permanecem consideravelmente aquém dos patamares mais elevados já re­gistrados na série histórica da pesquisa do IBGE. “Não é reto­mada. A indústria ainda cami­nha num passo gradual, num passo cautelar, justamente pelas incertezas de toda essa conjun­tura ainda a se desdobrar”, diz .

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