Tribuna Ribeirão
Economia

Safra de grãos deve bater novo recorde

A safra de grãos deve ser re­corde pelo terceiro ano segui­do, segundo projeções divulga­das pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quarta-feira, 13 de janeiro. A estimativa do IBGE é de um total de 260,5 milhões de tone­ladas, alta de 2,5% em relação ao resultado de 2020.

Estes dados são do Levanta­mento Sistemático da Produção Agrícola de dezembro. Se con­firmada, será a maior safra da sé­rie histórica do IBGE. Em 2020, segundo o 12º monitoramento, a safra agrícola registrou 254,1 milhões de toneladas, conforme o recorde esperado, com alta de 0,8% em relação à previsão feita em novembro.

Para o arroz, esta terceira estimativa de onze milhões de toneladas aponta aumento de 0,8% na produção em relação ao prognóstico anterior, mas ainda há declínio, também de 0,8%, em relação a 2020. “Nos últimos meses, os preços do ar­roz atingiram patamares eleva­dos, levando o governo a zerar as tarifas de importação para contê-los”, diz, em nota, o ana­lista de Agropecuária do IBGE, Carlos Barradas.

“O Rio Grande do Sul é responsável por quase 70% da produção nacional, e suas lavouras são irrigadas e asso­ciadas à alta tecnologia e ma­nejo adequado, permitindo alcançar altas produtividades”, emenda o analista. A safra de grãos de 2020 somou 254,1 mi­lhões de toneladas e também foi recorde. De acordo com a última estimativa do ano, ficou 5,2% (12,6 milhões de tonela­das) acima da colheita de 2019 (241,5 milhões de toneladas).

Entre as regiões, o volume da produção de cereais, legumi­nosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro­-Oeste, com 121,7 milhões de toneladas (47,9%); Sul, com 73 milhões de toneladas (28,8%); Sudeste, com 25,7 milhões de toneladas (10,1%); Nordeste, com 22,6 milhões de toneladas (8,9%) e Norte, com 11 milhões de toneladas (4,3%).

Segundo o IBGE, estado do Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,7%, se­guido pelo Paraná (15,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,7%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 80,1% do total nacional.

Conab
A produção brasileira de grãos na safra 2020/21, em fase inicial de colheita, deve registrar recorde de 264,83 milhões de toneladas, aumento de 3,1%, ou 7,9 milhões de toneladas a mais, em comparação com o período anterior 2019/20 (256,94 mi­lhões de t). Os números fazem parte do 4º Levantamento da Safra de Grãos da Conab.

O levantamento mostra também que a atual projeção é 1,04 milhão de toneladas menor (0,4%) em relação à estimativa anterior, de dezembro. No caso do arroz, o aumento de área foi menor do que o esperado, principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem satis­fatoriamente as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na região Sul.

Além do menor aumento de área, as condições climáticas também provocaram impacto na produtividade. Assim, a pro­dução nacional deve atingir 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,5% em comparação com a sa­fra anterior (11,18 milhões de t.).

A Conab revisou neste 4º levantamento a periodicidade e metodologia do quadro de ofer­ta e demanda de arroz. Alterou a janela de análise anual de cada safra, passando do período de março a fevereiro para janeiro a dezembro. “Esta mudança já era solicitada pelo setor e visa a trazer maior transparência e precisão nas estimativas de es­toques”, diz em nota
“Ao estimar o estoque de passagem em fevereiro, era pre­ciso desconsiderar o produto novo colhido nos primeiros me­ses do ano. Isto gerava dificulda­de na extração de tal informa­ção, além de poder levar a uma interpretação equivocada do quadro de suprimento, em vista que o estoque físico real, ao final de fevereiro, é sempre maior do que o publicado como estoque de passagem”, informa a Conab.

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