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Inserção Digital: apenas uma questão de interesse

Foi-se a época em que – além do medo – imaginávamos que a evolução contínua no mundo digital, nos exigiria constantes atualizações e, em cada vez maior velocidade. Na realidade que estamos vivendo, fica evidente que o chamado mundo VUCA (sigla em inglês da junção dos termos subjeti­vos:Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade) é capaz de deixar qualquer pessoa literalmente “a ver navios”.

A questão é que “ver os navios”, ou seja, observar essa evo­lução ‘de longe’, até pouco tempo acabou sendo uma opção relativamente cômoda para muitos. Contudo, acompanhar de perto a “frota denavios”, durante todo o percurso, tem feito a diferença para a sobrevivênciada maioria das pessoas.

Temos muitas demonstrações disso. A pandemia de COVID-19 esfregou na cara da sociedade o fato de que mais do que possível, não se adaptar levaria a um efeito ainda mais devastador. E notem que interessante: fala-se em “novo nor­mal” – que por intuição nos leva a acreditar que formas.

Diferentes formas de comunicação e relacionamento entre as pessoas foram adquiridas (como o modo de se fazer compras, talvez o melhor exemplo aqui). Acontece que estas práticas podem ser um “novo normal” para muitos, mas certamente, de “novo” não tem nada, além de uma adaptação, digamos, que forçada.

E exemplos não nos faltam. Ainda criança, ouvi alguém experiente dizer que “há males que vêm para o bem” – dita­do popular controverso – que nos faz refletir sobre o motivo de, para muitas pessoas, a ‘obrigatoriedade’ ser o fator para a “virada de chave”. Sim! Muitos só passaram a utilizar ferra­mentas já disponíveis antes, porque foram obrigados!

Pagar contas pela internet, por exemplo, está disponível aos brasileiros desde os anos 90 (1996 para ser mais especí­fico). Mas muitos decidiram utilizar-se dessa ferramenta só agora. Pior, alguns ainda veem como novidade e outros ainda observam de longe como paradigma a ser quebrado. (Ainda estão a ver navios…).

Diante disso, fica a pergunta: será que realmente devemos esperar a necessidade, para nos adaptarmos ou utilizarmos as tecnologias que estão à nossa volta? E disponíveis? Estou convicto que não, e por diversas razões.

Enxergar os benefícios que as mudanças podem trazer nos estimula; e ponderar sobre prós e contras fará a diferen­ça para escolhas assertivas em relação à nossa adaptação às transformações do presente e futuro.

Aceita, a transformação digital revoluciona o pensamento das pessoas, produzindo, em um certo grau, algo bem es­pecífico: a inteligência digital. Se existisse um quociente de inteligência digital qual seria o resultado para cada um de nós? Uma autoanálise certamente apontará direções claras de que este evento contínuo facilita nosso cotidiano e trabalha em nosso favor, gerando leveza e disponibilidade àquilo que realmente importa.

E não adianta ficarmos nos justificando de que isso não nos pertence, de que é para ‘os mais jovens’ ou até mesmo considerarmos que são recursos disponibilizados a privi­legiados. Não, a Inteligência Digital está incutida em cada pessoa e desenvolvê-la é uma questão de disponibilidade pessoal. Quer tentar?

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