Ribeirão Preto fechou novembro do ano passado com 254.846 inadimplentes, queda de 3,3% em relação aos 263.558 devedores do mesmo período de 2019. São 8.712 pessoas a menos com o nome sujo na praça, apesar de o país ainda enfrentar a pandemia de coronavírus, mas com a quarentena menos restritiva na cidade.
Os dados foram divulgados pela Serasa Experian nesta quarta-feira, 6 de janeiro, a pedido do Tribuna – os dados de dezembro ainda não estão disponíveis. É a menor quantidade de inadimplentes do ano passado. Porém, o número de novembro indica que 35,8% da população da cidade, estimada em 711.825 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem alguma conta em atraso.
Na comparação com outubro, quando 255.620 ribeirão-pretanos tinham alguma conta pendente, houve estabilidade, com leve queda de 0,3% e 774 devedores a menos. Em setembro eram 259.972 inadimplentes, contra 261.880 de agosto, 263.922 de julho, 263.704 de junho, 269.463 de maio, 274.641 de abril, 279.008 de março (a maior quantidade), 267.482 de fevereiro e 264.276 de janeiro.
Ribeirão Preto fechou 2019 com 262.239 inadimplentes em dezembro. O pico foi registrado em abril, quando 266.374 moradores da cidade tinham alguma conta pendente, 37,9% da população. O menor número foi constatado em fevereiro, com 256.287 devedores.
Em janeiro eram 261.304, em março 263.025, em maio 260.493, em junho de 265.097, em julho eram 263.760, em agosto eram 262.764, em setembro 262.188 ribeirão-pretanos tinham alguma dívida pendente, em outubro eram 263.214, em novembro de 263.558 e, em dezembro, de 262.239 pessoas.
O recuo em novembro já é reflexo do pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário, mas a expectativa é de um número de inadimplentes ainda menor em dezembro. Segundo estimativa da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), o abono teria injetado cerca de R$ 728 milhões na economia.
Previa em torno em R$ 409 milhões na primeira parcela, paga em 30 de novembro, e mais R$ 319 milhões na segunda parcela, creditada em 20 de dezembro – já com os descontos. Segundo autor do estudo, o assessor de Relações Institucionais da Acirp, Renan Rocha, 49% dos R$ 409 milhões, cerca de R$ 200 milhões, seriam direcionados para quitar contas pendentes.
O valor médio de cada dívida na cidade é estimado em cerca de R$ 5 mil, segundo Renan Rocha. Com 254.846 inadimplentes, o valor seria superior a R$ 1 bilhão – estaria em torno de R$ 1.274.230.000,00. No Brasil, o número de devedores recuou 3%, de 65,8 milhões em novembro de 2019 para 61,9 milhões no mesmo período do ano passado.
São 1,9 milhão de inadimplentes a menos. No Estado de São Paulo a queda foi de 1,3%. Caiu de 15,3 milhões de inadimplentes em novembro de 2019 para 15,1 milhões no mesmo período do ano passado. São 200 mil pessoas a menos com contas em atraso.