Tribuna Ribeirão
Economia

Confiança do setor de serviços tem leve recuperação

Elza Fiúza/Agência Brasil

Após dois meses seguidos de queda, o Índice de Confian­ça de Serviços (ICS), divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ins­tituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 0,8 ponto em dezembro e fechou o ano em 86,2 pontos, dez pontos abaixo do registrado em dezembro de 2019. Na média móvel trimes­tral, o índice caiu 0,5 ponto.

Segundo o economista Ro­dolpho Tobler, da FGV/Ibre, o resultado foi influenciado pela melhora dos indicadores que medem a situação atual, que passou de 79,8 em novembro para 80,7 em dezembro, e as expectativas, que foram de 91,3 para 92 pontos.

“Apesar de favorável, é pre­ciso ter cautela, pois os consu­midores ainda estão bastante receosos diante do aumento do número de casos [de covid-19] e da incerteza em relação a che­gada da vacina no Brasil. O ce­nário para os próximos meses é de continuidade da retoma­da, mas ainda existe um grande caminho até retornar ao nível pré-pandemia”, disse Tobler.

A pandemia de covid-19 teve forte influência nos indi­cadores de serviços, com míni­mas históricas em abril de 2020. O Índice de Confiança passou de 96,1 pontos em janeiro para 51,1 em abril, o Índice da Situ­ação Atual (ISA-S) caiu de 91,5 para 55,5 no mesmo período e o Índice de Expectativas (IE-S) foi de 100,9 em janeiro para 47,3 em abril. Desde maio, os indicadores vêm subindo gra­dualmente, porém, sem atingir os níveis anteriores à doença se espalhar no Brasil.

Dois horizontes temporais
Entre os componentes do ICS, seis dos 13 segmentos pesquisados tiveram alta nos dois horizontes temporais na passagem de novembro para dezembro.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços caiu 0,6 ponto percentual e ficou em 82,5% em dezembro. Na com­paração anual, o indicador fe­cha 2020 acima do registrado em dezembro de 2019 (81,9%).

A leve melhora também pode ser percebida na com­paração trimestral. A média do ICS no quarto trimestre subiu 2,4 pontos em relação ao terceiro, o que representa 84,2% de recuperação sobre o que foi perdido no segundo trimestre de 2020.

O setor que melhor con­seguiu recompor as perdas do ano foi o de transportes, com recuperação de 92,6% do ICS perdido. Os serviços presta­dos às famílias tiveram a se­gunda maior alta no trimes­tre, com 5,2 pontos, porém, o setor só conseguiu recuperar 61,1% das perdas do ano.

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