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A tradição das comidas típicas

Um dos pontos principais da Ceia de Natal, antes da tro­ca de presentes para a maio­ria das pessoas, é a mesa farta para a confraternização com familiares e amigos. Os pratos típicos da noite natalina têm origens diversas que se unem, em muitos casos, ao toque bra­sileiro. Em muitas mesas não falta o peru assado que já ga­nhou a concorrência de outras aves preparadas especialmente pela indústria alimentícia para a Ceia. Já em outras, a rabana­da trazida pelos colonizadores portugueses, assim como o ba­calhau, figuram com destaque.

O Ceia natalina dos brasilei­ros é resultado de uma mistura de tradições trazidas para o país por colonizadores e imigrantes. Outros pratos foram “impor­tados” e o maior exemplo é o peru que é tradicional no Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos. Logo depois dele veio o chester, uma ave com peito e coxas abundantes desenvol­vida na década de 1970. Não há como fugir dos pratos que passaram a fazer parte do Natal com o passar dos séculos e com estruturação da própria cultura brasileira para comemorar o nascimento de Jesus.

A origem dos principais pratos da ceia natalina
◆ Peru de Natal: A tradição de comer peru no Natal é baseada na cultura do Dia de Ação de Graças nos EUA. A ave era consumida pelos índios e os colonos americanos a incorporaram ao cardápio de grandes banquetes pelo tamanho dela. No Brasil há ainda como opção ao peru o chester, um frango com o peito e coxas mais desenvolvidos.

◆ Panetone: Existem muitas lendas para a origem. O que todas possuem de comum é que o criador se chamava Toni e morava em Milão, Itália. Umas versões dão conta de que ele era auxiliar em um banquete e cansado, se atrapalhou com as receitas e o criou por acaso. Seu chefe o homenageou diante de tanto sucesso chaman­do o pão de de Pão do Toni. A receita chegou ao Brasil com os imigrantes italianos.

◆ Rabanada: De origem portuguesa, a rabanada é tradicional no dia da Consoada, que acontece em 24 de dezembro em Portugal. Feita com “sobras” de pão polvilhadas com açúcar, a sobremesa se tornou prato típico natalino. Também há relatos de que seria uma tradição europeia servir rabanada para mulheres que davam à luz, com o intuito de que produzissem mais leite.

◆ Bacalhau – O hábito de comer bacalhau no Natal também é uma herança portuguesa. A tradição surgiu na Idade Média, com o calendário cristão, onde as pessoas faziam jejum, na altura das principais festas católica.

◆ Nozes, castanhas e avelãs: Frutos secos, típicos dos países nórdicos, podem ser consumidos sozinhos ou em sobremesas. A associação com o Natal está relacionada à época típica de produ­ção das plantas nativas da Europa e da Ásia, que costumavam dar frutos no fim de outono e começo do inverno. Histórias natalinas como a do quebra-nozes, lançada em 1881, ajudaram a popularizar a tradição.

◆ Salpicão: O nome do prato seria oriundo da palavra salpicón, comum na culinária mexicana e francesa, e que faz referência ao preparo que leva ingredientes crus e molho. Trata-se de um prato servido em forma de salada, frio. No Natal, a receita que leva batatas, cenoura, frango e outras tantas opções de ingredientes costuma ser incrementada com adicionais como nozes picadas e uvas passas.

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