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MP libera R$ 20 bi para vacinas

AGÊNCIA BRASIL

O presidente Jair Bolsona­ro assinou nesta quinta-feira, 17 de dezembro, uma Medida Provisória (MP) que abre cré­dito extraordinário de R$ 20 bilhões, em favor do Ministério da Saúde, para a vacinação da população contra a covid-19. O ato ocorreu durante a cerimônia de posse do novo ministro do Turismo, Gilson Machado, no Palácio do Planalto.

“Tão logo tenhamos uma vacina certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], ela estará a disposição de todos no Brasil, de forma gra­tuita e voluntária”, disse Bolso­naro. A MP foi publicada nesta quinta-feira em edição extra do Diário Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que o valor cobrirá as despesas com a compra das doses de vacina, se­ringas, agulhas, logística, comu­nicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população. O montante, ainda segundo a pasta, não é destinado a nenhuma vacina específica e poderá ser utilizado conforme o planejamento e as necessidades do Ministério da Saúde.

“A medida permitirá que as autoridades de saúde brasileiras fiquem em condições de adqui­rir as primeiras vacinas que te­nham o seu uso autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que apre­sentem possibilidade de rápida disponibilização à população brasileira”, diz a nota.

De acordo com o governo federal, o valor será financiado com o uso de superávit finan­ceiro de exercícios anteriores e, como se trata de um crédito extraordinário, ele não depen­de da aprovação da Lei Orça­mentária de 2021. “Embora a medida em tela seja enviada ao Legislativo para posterior con­firmação, os recursos já ficarão disponíveis imediatamente e poderão ser utilizados desde já pelo Ministério da Saúde. A medida é mais uma das ações empreendidas pelo governo fe­deral visando diminuir os gra­ves impactos econômicos pela pandemia do covid-19”, explica a Secretaria-Geral.

De acordo com o Plano Na­cional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19, apresentado esta semana pelo Ministério da Saúde, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológi­ca associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consór­cio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de do­ses de vacinas.

Além disso, há outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobio­lógicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respi­ratórias. Também outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.

Na quarta-feira (16), o gover­no lançou o plano nacional de imunização. O ministro Eduar­do Pazuello (Saúde) informou que o governo deverá começar a vacinação no Brasil em “meados de fevereiro”, apesar de o país ain­da não ter produtos registrados.

Para este cronograma, ele considerou que os dois labo­ratórios nacionais que partici­pam do desenvolvimento de vacinas, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantan, devem apresentar ainda em dezembro os dados finais de pesquisa de seus imu­nizantes e pedir o registro do produto na Anvisa.

“Se conseguir manter o pla­nejado do Butantan e Fiocruz, de apresentar fase 3 dos estudos, e toda a documentação de fase 1 e 2, ainda em dezembro à Anvi­sa, aí teremos janeiro para a aná­lise da Anvisa e possivelmente em meados de fevereiro para frente estejamos com essas vaci­nas recebidas e registradas para iniciar o plano”, disse Pazuello

O Plano Nacional de Vaci­nação contra a Covid-19 prevê quatro grupos de pessoas a se­rem prioritariamente vacinadas. Somados, estes grupos reúnem cerca de 50 milhões de pessoas, o que vai demandar 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas, uma vez que cada pessoa deve tomar duas doses em um intervalo de 14 dias.

No documento, os técnicos do Ministério da Saúde pon­deram que o planejamento é preliminar, podendo sofrer mu­danças. O primeiro grupo prio­ritário, a ser vacinado na Fase 1, é formado por trabalhadores da Saúde (5,88 milhões), pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões), pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões) e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil).

A Fase 2 é formada por pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões), de 65 a 69 anos (7,08 milhões) e de 60 a 64 anos (9,09 milhões). Na Fase 3, a previ­são é vacinar 12,66 milhões de pessoas acima dos 18 anos com comorbidades como hiperten­são de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obs­trutiva crônica e doença renal.

Também, estão na lista do­enças cardiovasculares e cerebro­vasculares, indivíduos transplan­tados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40). Na Fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao su­perior (2,34 milhões), forças de segurança e salvamento (850 mil) e funcionários do sistema prisio­nal (144 mil).

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