Tribuna Ribeirão
Educação

Pandemia – SP mantém volta às aulas para 2021

AMANDA PEROBELLI/REUTERS

A Secretaria Estadual da Educação anunciou nesta quinta-feira, 17 de dezembro, que manterá o retorno gra­dual às aulas presenciais para o ano letivo de 2021. O de­creto que autoriza a retoma­da das aulas em todas as fases do Plano São Paulo e regula­menta as regras foi publicado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (18).

“A decisão para manter es­colas abertas é embasada em experiências internacionais e nacionais e tem como obje­tivo garantir a segurança dos alunos, dos professores e dos funcionários da rede pública e privada de ensino, além do desenvolvimento cognitivo e socioemocional de milhões de crianças e adolescentes do Es­tado de São Paulo”, afirma o go­vernador João Doria (PSDB).

O retorno ocorrerá de for­ma regionalizada, de acordo com os Departamentos Regio­nais da Saúde (DRS’s), obede­cendo aos critérios de seguran­ça estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus. “A escola não pode mais fe­char”, destaca o secretário da Educação, Rossieli Soares.

“Neste momento de pande­mia, as famílias precisam enten­der sobre o quanto é cada vez mais fundamental e importante ter os seus filhos frequentando a escola. Para continuarem a aprendizagem e serem acolhi­dos em vários aspectos. Princi­palmente, emocionalmente”.

Se uma área estiver nas fases vermelha ou laranja do Plano São Paulo, as escolas da educa­ção básica, que atendem alu­nos da educação infantil até o ensino médio, poderão receber diariamente até 35% dos alunos matriculados. Na fase amarela, elas ficam autorizadas a atender até 70% dos estudantes; e na fase verde, até 100%. Os protocolos sanitários devem ser cumpridos em todas as fases.

Já as instituições de ensino superior poderão funcionar na fase amarela com até 35% dos alunos matriculados, e na fase verde, com até 70%. Nas etapas vermelha e laranja, elas não estão autorizadas a funcionar. Cursos superiores específicos da área médica têm o retorno presencial autorizado em todas as fases do Plano.

As instituições de ensino de todas as redes deverão aderir e alimentar o Sistema de Mo­nitoramento da Secretaria de Educação para que a abertura das unidades seja autorizada. A medida garante monitoramen­to centralizado da retomada da educação, para que a abertura de escolas ocorra de forma se­gura e responsável.

O último dia do ano letivo deste ano será no dia 23 de de­zembro e as aulas nas escolas estaduais, em 2021, terão iní­cio no dia 1º de fevereiro. No começo do ano, na região, que envolve três das 91 Diretorias Regionais de Ensino (DREs) – Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal –, estavam matri­culados 99.432 alunos de 165 escolas da rede estadual, sendo 47 mil em 82 unidades na ca­pital da Região Metropolitana.

Nos 645 municípios paulis­tas são cerca de 3,5 milhões de estudantes e mais de cinco mil unidades. Desde 8 de setembro, escolas estaduais do interior re­abriram escolas com atividades de reforço e acolhimento emo­cional. O governo já autorizou a retomada de aulas para o en­sino médio em 7 de outubro e, para o fundamental, em 3 de novembro, pautado em medi­das de contenção da epidemia.

Cerca de 1,7 mil escolas estaduais em 314 municípios retornaram com atividades presenciais no Estado, sendo 800 na capital paulista. Para a retomada, a Seduc-SP adquiriu e distribuiu uma série de insu­mos destinados tanto aos estu­dantes quanto aos servidores.

As 5,1 mil escolas estaduais receberam R$ 700 milhões por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola de SP nes­te ano de 2020. Essa verba foi destinada para manutenção e conservação das unidades para a volta segura das aulas presen­ciais. Mais 700 milhões já estão sendo serão liberados para os preparativos do ano letivo de 2021.

A prefeitura de Ribeirão Preto também decidiu que as aulas presenciais na rede mu­nicipal de ensino só voltarão em 2021 por causa da pande­mia do novo coronavírus. Para compensar, estes estudantes terão atividades extraturno no próximo ano letivo.

De acordo com a Secreta­ria Municipal da Educação, as atividades complementares poderão ser realizadas dentro e fora das escolas, com visitas a espaços culturais e de lazer como museus e parques, além de trabalhos em laboratórios de informática.

Caberá a cada unidade atualizar seus projetos peda­gógicos para se adequar a essa compensação de conteúdo equivalente a 800 horas per­didas. Na rede municipal de Ribeirão Preto, no início des­te ano, 46.921 alunos– 22.696 do ensino infantil e 24.225 do fundamental – estavam ma­triculados. São 108 escolas – há unidades em construção –, das quais 75 unidades de edu­cação infantil e 33 de ensino fundamental. A rede estadual voltou de forma parcial.

A decisão de só retomar as aulas presenciais no próximo ano foi tomada com base em orientações do Comitê Inter­setorial para Enfretamento da Covid-19 e no resultado de duas pesquisas feitas com pais e responsáveis por alunos. Dos 10.385 ouvidos, 82% se manifestaram contra o retor­no imediato, 8.885 pessoas, enquanto 1.950 concordam com a volta (18%).

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