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A covid-19 – Panorama atual parte IV

O novo coronavírus, que está causando a maior pandemia dos últi­mos 100 anos, surgiu na China há um ano. O vírus, cuja origem ninguém sabe ao certo até hoje, se espalhou rapidamente atingindo todos os povos do mundo inteiro. Trata-se de um vírus com características muito dife­rentes das de outros vírus até então conhecidos. Entre essas uma torna mais esquisita e perigosa: uma pessoa porta o vírus, não sente nada e, por isso, não sabe que é portadora e, incrível: ela transmite o vírus.

E esse fato traz consequências drásticas, pois a transmissão torna-se um evento de difícil controle. A pessoa contaminada pode em alguns ca­sos desenvolver a doença que foi chamada de covid-19 em suas diversas formas: leve, moderada e grave levando ao óbito, assim como pode não ter sintoma algum.

Nesse ano da identificação do novo coronavírus foram realizados estudos científicos por médicos, cientistas e pesquisadores do mundo inteiro visando não só a descoberta de um remédio capaz de desativá-lo como também de tratar as lesões que ele causa nos diversos órgãos e sistemas do corpo humano. E ainda da maior importância: a descoberta de uma vacina, único remédio capaz de resolver todos os problemas causados pelo vírus.

No caso específico da vacina contra a covid-19, em dez meses mais de 200 vacinas foram descobertas e muitas delas já estão sento testadas nas diversas fases em que a descoberta de uma vacina tem que ser submetida. Essa rapidez só foi possível por estarmos vivendo num mundo totalmente informatizado e digitalizado, onde todas as informações de que neces­sitamos podem ser obtidas com incrível rapidez e isso agiliza o trabalho de pesquisa e estudo. Como sempre, vamos continuar formatando nosso material científico sob a forma pedagógica de perguntas e respostas.

1. Com relação às vacinas contra a covid-19 qual é a situação atual do mundo?
Podemos dizer que o mundo deu um salto gigantesco com a descoberta de pelo menos duas vacinas que já estão sendo aplicadas nas populações de pelo menos três países. O Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte), foi o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina produzida por duas multinacionais farmacêuticas: uma americana, a Pfizer e outra alemã, a BioNTech, ambas consideradas empresas farmacêuticas de alta tecnologia médica.
Essa vacina foi testada em diversos países onde foi aprovada a sua segurança e eficácia. Dia oito de novembro desse ano o governo do Reino Unido deu início à vacinação em massa de sua população o que foi seguido pelos Estados Unidos uma semana depois. Ao mesmo tempo essa vacina era aprovada pelos governos do Canadá, Barheim, Arábia Saudita e México, que certamente darão início à vacinação de suas popu­lações o mais rápido possível.
No dia que o Reino Unido iniciou a vacinação de sua população, a Rússia também anunciou a vacinação em massa da população russa com uma vacina produzida em seu laboratório de pesquisa de vacinas, a chamada Sputinik V, e já também testada só, mas só no povo russo. A vacina produzida pela Pfizer-BioNTech já foi submetida ao órgão responsável pela fiscalização de medicamentos da União Européia e es­pera-se que seja aprovada e autorizada a vacinação em massa ao mesmo tempo nos 29 países membros.

2. E qual é a situação do Brasil em relação às vacinas contra a covid-19?
Infelizmente o Brasil está muito atrasado em relação às vacinas contra a covid-19. Até o momento quatro vacinas foram ou estão sendo testadas no Brasil e nenhuma solicitação de uso emergencial ou não foi feita à ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) órgão do Ministério da Saúde.

Essas vacinas são: a) a produzida pela Universidade de Oxford em associação com os laboratórios Astra e Zêneca e que será fabricada na Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) b) A coronavac originária da China e que será fabricada pelo Instituto Butantan, órgão do governo do estado de São Paulo, c) a Janssen originária da Bélgica e que ainda não se encontra em fase final de testes e d) a Pfizer-BioNTec que já concluiu os experimentos no Brasil aguardando apenas a solicitação à ANVISA. (Continua na próxima semana).

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