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PIB de Ribeirão Preto recua 2,8%

 

A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2018”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 16 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto perdeu duas posições no ranking nacional da produção de riquezas e caiu da 21ª colocação em 2017 para a 23ª no ano seguinte.

O valor do PIB ribeirão-pretano também recuou 2,8%, de R$ 35,31 bilhões para R$ 34,32 bilhões, R$ 990 milhões a menos. Em 2018, a cidade tinha 694.534 habitantes, de acordo com o próprio IBGE. No ranking estadual, havia galgado uma posição entre 2014 e 2015 e agora continua no 10º lugar – era o 11º em 2016.

Ribeirão Preto e São José dos Campos são os únicos municípios do “top 10 estadual” a registrar queda no valor do PIB. A capital da Região Metropolitana está atrás de São Paulo (primeira do ranking nacional, com R$ 714,68 bilhões), Osasco (oitava, com R$ 76,60 bilhões) e Campinas (11ª, com R$ 61,39 bilhões).

À frente de Ribeirão Preto também estão Guarulhos (12ª, com R$ 61,32 bilhões), São Bernardo do Campo (14ª, com R$ 50,56 bilhões), Barueri (15ª, também com R$ 50,56 bilhões), Jundiaí (17ª, com R$ 43,63 bilhões), São José dos Campos (20ª, com R$ 39,69 bilhões) e Sorocaba (22ª, com R$ 35,01 bilhões).

A participação ribeirão-pretana no PIB nacional baixou de 0,54% para 0,49%, mas o Produto Interno Bruto local é superior ao de 16 capitais de Estado. Está à frente de São Luís (MA, 24ª no ranking nacional), Belém (PA, 27ª), Campo Grande (MS, 29ª), Vitória (ES, 34ª), Natal (RN, 40ª) e Cuiabá (MT, 41ª).

As outras capitais com PIB inferior ao de Ribeirão Preto são Maceió (AL, 44ª), Florianópolis (SC, 45ª), Teresina (PI, 46ª), João Pessoa (PB, 47ª), Aracaju (SE, 53ª), Porto Velho (RO, 59ª), Macapá (AP, 100ª) e Palmas (TO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC) – as três últimas não aparecem entre os 100 maiores do Brasil.

Entre as capitais com PIB superior ao de Ribeirão Preto estão São Paulo (SP, primeira do ranking nacional), Rio de Janeiro (RJ, segunda), Brasília (DF, terceira), Belo Horizonte (MG, quarta), Curitiba (PR, quinta), Manaus (AM, sexta), Porto Alegre (RS, sétima), Fortaleza (CE, nona), Salvador (BA, 10ª), Recife (PE, 13ª) e Goiânia (GO, 16ª).

A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2018” aponta ainda a que Ribeirão Preto ampliou a desigualdade quando o assunto é distribuição de renda. Segundo os dados apurados, apesar de ser a 23ª cidade que mais produz riquezas no país, é apenas a 419ª no ranking do PIB per capita – era a 296ª no ano anterior e voltou ao patamar de 2016, quando estava em 414º lugar (leia nesta página).

Em 2016, o PIB de Ribeirão Preto foi de R$ 29,98 bilhões e o município ocupava a 23ª posição do ranking nacional. Em 2015, produziu R$ 27,80 bilhões em riquezas e, em 2014, não passou de R$ 28,08 bilhões.  Nestes dois períodos a cidade ocupava a 24ª posição na lista dos municípios mais ricos. A participação de Ribeirão Preto na produção das riquezas nacionais era de 0,48% em 2016, de 0,46% em 2015 e de 0,49% no período anterior.

No ranking estadual, a cidade, que havia galgado uma posição entre 2014 e 2015, subindo do 11º para o 10º lugar – era o 12ª em 2013 – e voltou para o 11º lugar em 2016, recuperou o posto em 2017 e permaneceu na 10ª posição em 2018. A participação do PIB ribeirão-pretano no Estado está torno de 1,4%.

Nacional –
O Brasil ainda apresenta concentração de riqueza. Em 2018, os 25 municípios mais ricos do país detinham 36,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Em 2002, esse percentual era maior: 40,6%.

Se forem considerados os 100 municípios mais ricos, a participação chega a 55% do PIB. Em 2002, era 59%. Por outro lado, os 1.346 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional e 3,1% da população do país.

O Brasil tem 5.570 cidades. Dos 25 maiores PIBs, 12 capitais somavam 27,6% da produção e 13 não capitais, 8,6%. O líder em participação era São Paulo, responsável por 10,2% do PIB do país que, naquele ano, chegou a R$ 7 trilhões. Em seguida vêm Rio de Janeiro, com 5,2% e Brasília, com 3,6%.

Em 2018, oito municípios detinham cerca de 25% da economia brasileira, mas apenas 14,7% da população. Os maiores geradores de riqueza naquele ano foram: São Paulo (com 10,2% do PIB brasileiro), Rio de Janeiro (5,2%), Brasília (3,6%), Belo Horizonte (1,3%), Curitiba (1,2%), Manaus (1,1%), Porto Alegre (1,1%) e Osasco/SP (1,1%).

RP cai 123 posições no ranking per capita
A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2018”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 16 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto perdeu 123 posições no ranking do PIB per capita – divisão da produção local pelo número de habitantes.

Recuou do 296º lugar em 2017 para o 419º no ano seguinte. Ribeirão Preto detinha o 414º maior PIB per capita em 2016 e era a 403ª em 2015. No Estado de São Paulo, era a 84ª colocada em 2018. No ano anterior ocupava a 67ª posição.

O valor que cada trabalhador da cidade recebe por ano recuou 4,51%, de
R$ 51.759,84 em 2017 para R$ 49.425,29 no ano seguinte, o equivalente a 47 salários míninos atuais (R$ 1.045) e quase 52 em relação ao piso da época (R$ 954). Porém, o rendimento em 2018 estava R$ 2.334,55 abaixo ao do período anterior.

Em 2016 o PIB per capita de Ribeirão Preto era de R$ 44.463,80 e, em 2015, o de R$ 41.736,07. Em 2014, cada trabalhador da cidade recebia, em média, R$ 42.682,19 por ano. Em 2018, o município de Presidente Kennedy, o Espírito Santo, registrou o maior valor do país, de R$ 583.171,85, puxado pelo refino de petróleo. A média é quase doze vezes superior à ribeirão-pretana

No segundo lugar do ranking ficou Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo, com R$ 419.457,22, com destaque para a atividade petroquímica. Em terceiro aparece Selvíria, no Mato Grosso do Sul (energia hidrelétrica e plantio de eucalipto), com R$ 362.080,40. São Gonçalo do Rio Abaixo, em Minas Gerais (mineração), é a quarta, com R$ 337.288,81 e Paulínia, em São Paulo (refino de petróleo), a quinta, com R$ 306.163,17.

Os dados por segmentos mostram que a indústria de Ribeirão Preto contribuiu com R$ 3,84,3 bilhões em 2018, com participação na produção nacional de 0,29% – era de 0,44% no estudo anterior. O valor é 27,5% inferior aos R$ 5,3 bilhões de 2017, decréscimo de R$ 1,46 bilhão. Perdeu 35 posições, caindo da 39ª para a 74ª – era a 47ª em 2016, a 67ª em 2015 e 86ª em 2014.

Já o setor de serviços segue sendo o mais forte de Ribeirão Preto, com valor estimado em R$ 23,83 em 2018, o 18º do país, uma posição abaixo da de 2017, quando era a 17ª. Em 2016 e 2015 estava no 18º lugar. O valor, porém, é 2,5% superior aos R$ 23,25 bilhões do período anterior, aporte de R$ 580 milhões.

Era o 17º em 2014. A participação do setor na riqueza nacional estava em 0,71% no ano do atual estudo, contra 0,73% de 2017, de 0,67% de 2016 e 0,66% de 2015. O PIB da agropecuária gerou apenas R$ 89,73 milhões (estava em 863º lugar no ranking do setor).

Registrou queda de 24,6% em relação ao de 2017, de R$ 119,09 milhões (estava em 592º lugar no ranking do setor, com contribuição de 0,04%), redução de R$ 29,36 milhões. Em era de R$ 120,1 milhões e em 2015 estava em R$ 78,5 milhões. A participação no PIB do agro nacional é de apenas 0,02%.

No setor de administração, defesa, educação, a saúde pública e seguridade social Ribeirão Preto tinha, em 2018, o 36º maior PIB do país (perdeu uma posição em relação ao 35º lugar de 2017), com valor de R$ 2,93 bilhões, 5,4% acima dos R$ 2,78 bilhões do ano anterior.

O aporte foi de R$ 150 milhões. Em 2016, o montante chegou a R$ 2,72 bilhões. A participação ficou no mesmo patamar de 2017, em 0,28% da produção de riqueza nacional – era de 0,29% no ano anterior e de 0,30% em 2015. Ocupava a 33ª posição em 2016 e 2015

A riqueza na cidade
PIB de 2018: R$ 34,32 bilhões
Ranking nacional: 23º
Participação: 0,49%
Ranking estadual: 10º
PIB per capita: R$ 49.425,29
Ranking nacional: 419º
PIB de serviços: R$ 23,83 bilhões
Ranking e participação: 18º e 0,71%
PIB da indústria: R$ 3,84 bilhões
Ranking e participação: 74º e 029%
PIB da agropecuária: R$ 89,73 milhões
Ranking e participação: 863º e 0,02%
PIB da administração: R$ 2,93 bilhões
Ranking e participação: 36º e 0,28%
PIB de 2017: R$ 35,31 bilhões
Ranking nacional: 21º
Participação: 0,54%
Ranking estadual: 10º
PIB per capita: R$ 51.759,84
Ranking nacional: 296º
PIB de serviços: R$ 23,25 bilhões
Ranking e participação: 17º e 0,73%
PIB da indústria: R$ 5,3 bilhões
Ranking e participação: 39º e 0,44%
PIB da agropecuária: R$ 119,09 milhões
Ranking e participação: 592º e 0,04%
PIB da administração: R$ 2,78 bilhões
Ranking e participação: 35º e 0,28%

Foto: JF Pimenta/Arquivo

 

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