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Fim da pandemia: “o futuro já começou”

Lula e o PT não elegem mais. São Paulo é lider: “o cam­peão voltou…” Ofender jornalista dá condenação a Bolsonaro. Dólar cai, real sobe!

“Hoje é um novo dia
De um novo tempo
Que começou
Nesses novos dias
As alegrias serão de todos
É só querer
Todos os nossos sonhos serão verdade
O futuro já começou”.

Saudação da Globo não fala mais nas festas. Bolsonaro aproveitou e disse: é o “finalzinho da pandemia”.

Sonhamos: “este momento chegou! Ainda estamos aqui! Alcançamos o novo tempo! Ninguém se infecta mais. Os do­entes voltam para casa. Os leitos dos hospitais desocupados. As UTIs, vazias. Médicos e enfermeiros não correm perigo. Hos­pitais de campanha desativados. Esse vírus foi dominado: não mata mais. A pandemia passou. Vamos ao trabalho, às festas, abraços e comemorações nas ruas, nas baladas, por toda parte.”
Quanta felicidade desejada. Quem sonha vive, quem canta seus males espanta. Foram sonhos que ainda não viraram verdade.

Pena que o presidente ande desinformado, não sabe, não visita os hospitais, imagina que nada preocupa. Não assiste TV, não lê jornais. Faz o tipo “me engana que eu gosto”. Se mostra em outro mundo, que não é o nosso (do sofrimento).

Todos acreditam que se salvarão, se vacinados. Países de menor expressão se anteciparam e já vacinam. Brasileira foi vacinada: na Europa! Aqui, não.

Doria anunciou vacinação no aniversário de São Paulo (25 de janeiro); Bolsonaro prometeu março, antecipou para janeiro e, agora, admite dezembro. Como resolve fácil! Mas o plano nacional ninguém conhece: não foi apresentado.

Mistura-se política e saúde pública. Interesse eleitoral e desrespeito à pessoa humana. Projetos pessoais sobrepõem aos compromissos de campanha. Faltam dois anos para o final do mandato e o governo está desinteressado para com as causas nacionais. Lembra Vargas, a politicagem, os arranjos partidários, as nomeações interesseiras em órgãos estatais (hoje, cargos de confiança), como o povo sempre criticou. E deu no que deu (a história registra).

A vacinação revela a desorganização do governo federal, sua apatia e prática da velha e desastrosa política brasileira, com disputas pessoais – à margem do interesse popular e sem transparência.Vem aí mais um “campeão de audiência”(escân­dalo): o tempo dirá. Afinal, quais as razões da escolha desta ou daquela vacina? Por que retardar a compra (quantidade?) e a distribuição aos estados e municípios? Pobres e invisíveis serão vacinados? Quais os critérios? Quando a vacinação em massa? E a conservação das vacinas? Quais os fornecedores?

E mais: qual o comando médico desta campanha, porque o Ministério da Saúde é dirigido por “amigo de farda” que nem médico é. Foi desautorizado pelo Presidente (também não médico) e se conformou declarando que “um manda e o outro obedece”. É um Ministro “sem saúde”.

Qual o cientista médico que disse estar a pandemia no “fi­nalzinho”? A realidade é outra. Não dá para acreditar no que fala Bolsonaro, nem sonhando. Porque nem sempre o futuro será verdade. Só o passado. O “novo tempo” não chegou (por aqui)! Talvez, sim, no “condomínio presidencial”, na Tijuca.

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