A pandemia de covid-19 fez aquecer o mercado de imóveis em Ribeirão Preto neste ano. O saldo de compra e venda de imóveis foi de R$ 2,2 bilhões de janeiro e outubro, o que representa um crescimento de 22,85% em comparação ao mesmo período de 2019, quando foi registrado um saldo de R$ 1,8 bilhão.
São R$ 400 milhões a mais Os dados são do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) e traduzem, principalmente, a busca por segurança no investimento, avalia o diretor do IEMB, Antonio Vicente Golfeto.
“Quando se faz um investimento, leva-se em consideração a segurança, a liquidez e a rentabilidade. O imóvel, em termos de segurança, é absoluto”, considera. A realidade de Ribeirão Preto acompanhou uma tendência nacional. De acordo com a pesquisa “Indicadores Imobiliários Nacionais”, o Brasil registrou aumento de 8,4% nas vendas de imóveis novos nos primeiros nove meses de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019.
O estudo, desenvolvido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), aponta ainda que as vendas no terceiro trimestre, em comparação ao segundo trimestre deste ano, subiram 57,5%. Já na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o aumento foi de 23,7%.
Ainda segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o número de imóveis financiados no primeiro semestre de 2020 foi 35,2% superior em relação ao ano passado. O cenário favorável ao setor de imóveis é um reflexo direto da redução da taxa Selic.
Os juros básicos chegaram a 2% em agosto e vai fechar 2020 neste patamar, seu menor percentual da história. Essa condição abriu mais ofertas de crédito imobiliário e, segundo Antonio Vicente Golfeto, tornou mais seguro o investimento em imóveis.