Ribeirão Preto registrou mais 99 casos de coronavírus em 24 horas – cerca de um a cada 15 minutos – e o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 ultrapassou a marca de 35,6 mil. Nesta quarta-feira, 9 de dezembro, subiu para 35.662, aumento de 0,3% em relação aos 35.563 de terça-feira (8).
Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Boletim Epidemiológico. O recorde de infecções em 24 horas é de 15 de julho, de 657 registros. Após um período de alta, a tendência voltou a ser de queda na comparação semanal.
Isso ocorre principalmente por causa da aceleração registrada desde meados do mês passado. Entre 25 de novembro e 1º de dezembro, quando passou de 33.588 para 34.577, mais 989 novos pacientes foram diagnosticados com covid-19, média móvel de 141 a cada 24 horas. Entre 2 e 8 de dezembro, subiu de 34.737 para 35.662. São 925 novos casos, média diária de 132, queda de 6,5% e 64 a menos.
Segundo informações divulgadas por Rodrigo Stabille, diretor regional da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Ribeirão Preto, a taxa de transmissão (Rt), que estava em 1,7 na semana passada, subiu para 1,85, a mais alta do Estado. Significa que cada grupo de 100 pessoas pode transmitir o vírus para outros 185 cidadãos.
No início do mês passado essa taxa era de 0,5. A expectativa é que atinja 1,89 na próxima semana. A média móvel ficou acima de 100 pelo 12º dia seguido, o que não acontecia desde meados de outubro. A taxa de casos em 14 dias disparou e chegou a 173,92 por 100 mil habitantes. Era de 88,36 no dia 16. Os dados foram atualizados em 30 de novembro, pelo Plano São Paulo.
As notificações desde o início da pandemia chegaram a 83.308, sendo que 46.502 pessoas testaram negativo para covid-19, ou 55,8% do total. Os 35.662 casos confirmados até agora representam 42,8%. A cidade também aguarda o resultado de 1.144 exames que estão represados nos laboratórios (1,4%) – voltou a ficar acima de mil. O número mais alto da pandemia é de 31 de julho, de 6.877 testes represados.
Foram confirmados 2.761 casos de coronavírus em novembro, 92 por dia, além de 3.321 em outubro. São 735 em dezembro, cerca de 92 a cada 24 horas. Os meses com menos casos são março (96, a pandemia começou em meados do mês em Ribeirão Preto) e abril (208). Julho (8.607), junho (6.712) e agosto (6.485) tiveram mais contágios. Ribeirão Preto também tem 912 mortes.
Segundo o Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo, que acompanha 104 municípios com mais de 70 mil habitantes, a taxa de isolamento social em Ribeirão Preto despencou de 44% no domingo (6) para 39% na segunda-feira (7) e subiu para 40% na terça-feira (8). O ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 70%, e o aceitável de 50%.
Ocupação de leitos de UTI fica em 47,1%
A ocupação de leitos de terapia intensiva estava em 47,1% às 22 horas desta quarta-feira, 9 de dezembro, em Ribeirão Preto. Segundo a plataforma leitoscovid.org, havia pessoas internadas em 41 das 87 vagas disponibilizadas pelos 13 hospitais da cidade – cinco públicos e oito privados. Na enfermaria, a taxa era de 43,3%, com 65 das 150 vagas ocupadas.
O número de leitos é variável, muda a cada dia de acordo com a necessidade. Nas unidades Campus e de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à Universidade de São Paulo (HCFMR/USP), a ocupação de leitos de terapia intensiva era de 65% no mesmo horário desta quarta-feira.
Segundo a plataforma, as duas unidades do HC reduziram o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de 89 para 40 e agora para 20, sendo que 13 estavam ocupados ontem. Na enfermaria caiu de 52 para 33 leitos e abrigava 15 pacientes com quadro menos grave da covid-19, ou 45,4% de ocupação. A taxa de internações nos últimos 14 dias saltou para 14,89 por 100 mil habitantes.