Tribuna Ribeirão
Esportes

MP analisa restrições para impedir que complexo do Ibirapuera vire shopping

DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE SÃO PAULO

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou nesta quinta-feira que analisa restrições que in­viabilizariam a transforma­ção do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, o Ibirapuera, em uma empreen­dimento multiuso, com sho­pping center e prédios. O go­verno do Estado de São Paulo quer conceder o espaço para a iniciativa privada, mas o MP­-SP busca alternativas para que a estrutura seja mantida após o Condephaat rejeitar o estudo de tombamento.

“A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital informa que requisi­tou do Governo do Estado de São Paulo todas as informações acerca da tentativa de concessão de uso da área pública onde está instalado o Conjunto Desporti­vo Constância Vaz Guimarães e que, a despeito da decisão do Condephaat de rejeitar abertu­ra de processo de tombamento do Complexo, está analisando outras restrições legais que in­viabilizariam a construção de um empreendimento multiuso, shopping center, três torres com apart-hotel e escritórios e outros usos que o concessionário con­siderar rentáveis no local”, infor­mou o MP-SP.

Na última segunda-feira, o Conselho de Defesa do Patri­mônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condepha­at), órgão estadual que decide sobre o tombamento de imóveis e outros bens paulistas, rejeitou a abertura de um processo de tombamento. Com isso, abriu caminho para o governo de São Paulo conceder o espaço à ini­ciativa privada.

Segundo o edital de conces­são do complexo esportivo, no lugar da pista de atletismo deve­rá ser criada uma arena multiúso com capacidade para 20 mil pes­soas. A nova estrutura receberia eventos esportivos e culturais. O Ginásio do Ibirapuera seria transformado em um shopping center, enquanto que, no lugar do complexo aquático, seria construída uma torre comercial anexa a um hotel.

Após a decisão tomada na reunião do Condephaat, atle­tas se manifestaram contrários à transformação do complexo esportivo. Palco de diversos jogos de vôlei, o ginásio criou uma identificação com os atletas da modalidade. Nomes como William, Maurício e Fabiana foram às redes sociais protestar contra a concessão do comple­xo à iniciativa privada. Eles pu­blicaram uma foto do local em preto e branco com a mensagem “Luto! Pelo esporte de SP”.

Reduto dos paulistanos, o Ibirapuera é o mais importan­te parque urbano de São Paulo. Seus três lagos artificiais são in­terligados e ocupam 1,6 milhão de m2. Foi inaugurado em 1954 para comemorar o quarto cente­nário da cidade. Possui ciclovia, 13 quadras iluminadas, pistas de corrida, passeio e descanso e áreas abertas para shows. Abriga pré­dios públicos, museus, planetário, o prédio da Bienal, ginásio de es­portes, Museu do Presépio, Mu­seu da Aeronáutica e do Folclo­re, o Obelisco, o Monumento às Bandeiras e o Pavilhão Japonês.

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