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Voluntariado, basta dizer sim

Gosto de conhecer e divulgar efemérides (agenda de datas comemorativas e fatos marcantes). Algumas são relevantes e interessantes, outras nem tanto. Hoje, por exemplo, é dia dedicado a uma grande causa, porém pouco divulgada, o Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Eco­nómico e Social ou simplesmente Dia do Voluntário.

Em 1985 a Assembleia Geral da ONU resolveu destinar uma data para convidar os Governos a observar anualmente o trabalho desenvolvido por todos aqueles que dedicam parte do seu tempo na realização de atividades voluntárias indi­vidualmente ou através de organizações comunitárias. Os governantes são convidados a adotar medidas para aumentar a consciência sobre a importante contribuição do serviço voluntário. Também estimular um número maior de pessoas de todas as idades e classes sociais a oferecer os seus serviços em favor da coletividade e de forma voluntária.

Qualquer pessoa pode ser voluntário, basta colocar suas ha­bilidades à disposição. O primeiro passo é procurar uma causa com a qual se identifique. Atualmente existem algumas muito interessantes como Cidades Sustentáveis, Meio Ambiente, Diversidade e Inclusão, Inovação Social e Consumo Conscien­te. Uma das que mais atraem adeptos é a proteção e resgate de animais. A redução da desigualdade social, garantia de acesso à saúde e educação também mobilizam milhões de pessoas

Algumas entidades que congregam voluntários possuem reconhecimento global como Médicos Sem Fronteira, BRAC, Mercy Corps e Save The Children. Existem, também, aquelas que trabalham diretamente nas realidades locais, muitas vezes sem qualquer tipo de apoio financeiro ou estímulo governa­mental e em situações precárias, contando somente com a abnegação de seus integrantes.

Inspirados pelo lema “dar de si antes de pensar em si”, uma das organizações mais respeitadas do mundo, o Rotary Inter­national, solicitou ao Centro de Estudos da Sociedade Civil Johns Hopkins, um relatório sobre os trabalhos voluntários realizados por seus associados durante quatro semanas, che­gando a constatação de 5,8 milhões de horas, projetando para um ano inteiro, uma estimativa conservadora aponta quase 47 milhões de horas de voluntariado. O impacto econômico dessas horas é estimado em US$ 850 milhões anuais, caso os beneficiários fossem pagar pelos serviços prestados.

Para os que possuem espírito mais arrojado, é possível exer­cer o voluntariado em áreas de guerras ou conflitos. Para os jo­vens, além da satisfação pessoal, participar de voluntariado no exterior pode ser uma grande oportunidade de praticar outro idioma e conhecer novos locais e culturas. É possível cuidar de animais no Nepal ou na Itália; ensinar idiomas na Indonésia; trabalhar o empoderamento feminino em Angola ou na Índia ou ajudar pessoas com deficiência nos Estados Unidos.

O Brasil também possui um vasto campo para quem pre­tende colocar-se à serviço do próximo, um lindo exemplo é o desenvolvido por profissionais da saúde da nossa região no Projeto Voluntários do Sertão. Os registros dos atendimentos realizados e as transformações que proporcionam nas vidas dos atendimentos são emocionantes.

Em um mundo centrado na acumulação de bens e rique­zas e no individualismo, os voluntários certamente represen­tam a esperança em novos tempos. Todos somos convidados a exercer a missão de apoiar o esforço conjunto de tornar o mundo um lugar melhor, encontrando um serviço voluntário e emprestando nosso tempo e talentos, basta dizer sim.

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