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A covid-19 – Panorama atual parte III

Em dezembro do ano passado surgiu um novo vírus em uma grande cidade chinesa. Trata-se de um vírus até então completamente desconhe­cido e que apresenta características também muito estranhas, que intri­gava médicos e cientistas, entre elas a capacidade de transmitir o vírus e consequentemente a doença mesmo que a pessoa transmissora não tenha qualquer sinal ou sintoma.

Outra característica é que, em alguns casos, a pessoa infectada pode desenvolver doença grave precisando ser hospitalizada em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), ou leve não necessitando de internação hospitalar e ainda pode acontecer que a pessoa não desenvolva a doença, está infectada pelo vírus e não sente nada.

Desde o primeiro óbito ocorrido na China iniciou-se uma verdadeira corrida à procura de remédios para combater o novo coronavírus e a doença causada por ele, isto é, a covid-19. Desde então os médicos e cientistas apren­deram muita coisa sobre a doença e o vírus, no entanto, não se descobriu pelo menos até agora, nenhum remédio capaz de inativar o vírus ou tratar a doença causada por ele.

Descobriu-se também que o melhor tratamento tinha que ser o preven­tivo, isto é, através da vacina, única maneira de se combater efetivamente a doença. Isto quer dizer que a vacina se constitui na única forma de se evitar o aparecimento da doença, a covid-19. Esse novo coronavírus como qualquer outro vírus até então conhecido pode ser combatido através de vacina.

Como sempre formatamos nossa matéria sob a forma de perguntas e respostas para melhor entendimento dessa importante matéria.

1. No momento atual, qual é a situação do mundo em relação às vacinas contra a covid-19?
Podemos dizer que desde janeiro até agora uma verdadeira corrida para se descobrir uma vacina contra a covid-19, até que em 02 de novembro, ontem, portanto, a primeira vacina foi descoberta satisfazendo todos os critérios para aplicação em massa na população.

Trata-se de uma vacina produzida pelo consórcio de duas multinacionais farmacêuticas: a norte-americana Pfizer e a alemã BioNTech. São dois labora­tórios de pesquisa de ponta, de alta tecnologia e já teve aprovação do órgão independente e rigoroso de controle de medicamentos baseado em Londres e responsável por liberar medicamentos em todo o Reino Unido.

Segundo o ministro da Saúde do Reino Unido, a vacina é segura e eficaz podendo ser aplicada imediatamente na população do Reino Unido. Ainda segundo o Ministro a vacina foi aprovada e na semana que vem terá início a vacinação em massa de sua população, obviamente seguindo critérios estabelecidos, até que 100% de toda a sua população esteja completamente vacinada. A população do Reino Unido compreende os povos da Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, todos são os primeiros povos a serem vacinados em todo o mundo.

Também a Rússia e Alemanha anunciaram vacinação em massa de suas populações, sendo que a Alemanha vai usar a vacina do consórcio Pfizer­-BioNTech e a Rússia vai usar sua própria vacina, a Sputnik V. A União Euro­péia já estuda a aprovação da vacina da Pfizer-BioNTech para os seus países membros, já com previsão de serem vacinados ainda este ano.

02. E como está o Brasil em relação à vacina contra a covid-19?
O Brasil está atrás desses países, não obstante quatro vacinas estão testadas já em sua fase final. No entanto, nenhum apresentou suas conclusões suficien­tes para serem submetidas à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão do governo encarregado de liberar novos remédios no Brasil.

Até o momento nenhuma vacina entre as quatro que estão em fase final de testes no Brasil foi liberada para vacinação em massa dos brasileiros. As duas vacinas que parecem estar em fase mais avançada são: a produzida pela Universidade de Oxford em associação com a farmacêutica AstraZeneca.

Para a aquisição dessa vacina o governo federal através da Fiocruz (Funda­ção Instituto Osvaldo Cruz), já estabeleceu negociações para a aquisição dessa vacina para ser distribuída gratuitamente através do SUS. Já a vacina chinesa está sendo negociada pelo governo do estado de São Paulo através do Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac. (Continua na próxima semana).

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