A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (2), a Operação Geneve, para prender dois brasileiros e um homem com dupla nacionalidade (brasileira e suíça), que são suspeitos de extorquir dinheiro de um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), residente em Genebra, na Suíça.
De acordo com informações da PF, as investigações começaram quando o funcionário da ONU noticiou às autoridades suíças que estava sendo vítima de extorsão e ameaças de morte, que se estendiam a seus familiares, residentes na Suíça e no Brasil.
Na ocasião, as autoridades suíças, por meio de pedido de Cooperação Internacional, solicitaram auxílio do Ministério Público Federal em Ribeirão Preto, que, dentre outras providências, requisitou a instauração de inquérito policial para a apuração dos fatos.
Ainda segundo a PF, durante as investigações, foi possível apurar que o valor extorquido inicialmente era de 450 mil francos suíços – equivalente a R$ 2,8 milhões. Além do mais, também foi verificado que um irmão da vítima teria sofrido uma tentativa de atendado a bomba no Brasil.
A 6ª Vara da Justiça Federal de Ribeirão Preto e as autoridades suíças expediram mandados de prisão e de busca e apreensão e os investigados foram presos, simultaneamente, na Suíça e no Brasil.
Os investigados poderão responder, no Brasil, pelos crimes de Extorsão (art. 158 do CP) e Associação Criminosa (art. 288 doCP), cujas penas, somadas, ultrapassam 15 anos de reclusão.