Nesta quinta-feira, 26 de novembro, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou outubro com saldo de 2.067 novas vagas de emprego com carteira assinada, o quarto superávit seguido desde julho e o melhor resultado do ano.
O resultado de outubro, fruto de 8.908 admissões e 6.841 demissões, também é o melhor para o mês em no mínimo dez anos – o sistema do Ministério da Economia estava fora do ar ontem. O dado mais recente é de 2011, quando a cidade registrou superávit de 1.359 carteiras assinadas. São 708 a mais no mesmo período de 2020, alta de 52,1%.
Na comparação com setembro, quando o saldo foi de 1.484 novas vagas com carteira assinada (8.262 contratações e 6.778 rescisões), são 583 postos de trabalho a mais, quase o dobro, aumento de 39,3%. No período da pandemia, entre março e outubro, a cidade eliminou 5.356 empregos formais, com 51.975 admissões e 57.331 demissões.
Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente. Na comparação com outubro do ano passado, quando Ribeirão Preto admitiu 8.459 pessoas e demitiu 7.941, fechando o mês com saldo de 518 vagas, a alta foi de 299%, com 1.549 novos postos de trabalho. Em dez meses deste ano, a economia ribeirão-pretana ainda acumula déficit de 3.601 empregos formais, fruto de 70.413 admissões e 74.014 demissões.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit foi de 4.171 novos postos (84.750 contratações e 80.579 dispensas), a queda chega a 186,33%, com 7.772 carteiras assinadas a menos. Ribeirão Preto também registrou superávit em janeiro (460), fevereiro (1.295), julho (398) e agosto (825).
O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Ribeirão Preto também registrou déficit em março (-1.715 vagas), abril (-5.419, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.679) e junho (-317).
Ribeirão Preto fechou 2019 com superávit de 3.260 vagas – fruto de 99.483 admissões e 96.223 demissões. Ficou 53,1% abaixo do saldo de 2018, de 6.958 novos empregos formais (96.236 contratações e 89.278 rescisões), com 3.698 carteiras assinadas a menos em 2019. Mesmo assim, a cidade obteve o quarto superávit mais expressivo do estado.
Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917). O resultado mais expressivo da última década na cidade foi registrado em 2010, quando fechou o período com saldo de 14.352 empregos formais, fruto de 109.136 admissões e 94.784 demissões. Já o pior desempenho foi constatado em 2015, no auge da crise econômica, com déficit de 6.323 postos de trabalho – 98.572 contratações e 104.895 rescisões.
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto, quatro dos principais setores registraram superávit em outubro, com destaque para os serviços, indústria, comércio e construção. A exceção é a agropecuária.
O setor de serviços registrou 4.770 contratações e 3.590 rescisões, superávit de 1.180 empregos formais. Neste ano, entre janeiro e o mês passado, são 39.352 contratações e 41.731 rescisões, déficit de 2.379 empregos formais.
Já o comércio fechou outubro com saldo positivo de 510 postos de trabalho, fruto de 2.493 admissões e 1.983 demissões. No ano, o rombo chega a 2.461, fruto de 17.836 admissões e 20.297 demissões.
Em outubro, a indústria admitiu 910 trabalhadores e demitiu 558, com saldo positivo de 352 empregos formais. No ano, contratou 6.215 funcionários e rescindiu o contrato de 5.663, superávit de 552 vagas.
A construção civil fechou o mês passado com superávit de 103 carteiras assinadas, fruto de 716 admissões e 613 demissões. Em dez meses, o saldo positivo chega a 641, resultado de 6.733 contratações e 6.092 rescisões.
A agropecuária admitiu 19 funcionários, dispensou 97 e fechou o mês com saldo negativo de 78 postos fechados. Em dez meses, contratou 277 pessoas e dispensou 231, saldo de 46 novos contratos.