Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

Disputa entre China e Índia atrasa a entrada de eletrônicos no país

As novas diretrizes impostas pelas autoridades indianas de controle de qualidade estão fazendo com que a entrada de produtos feitos na China, como os novos iPhones e smartphones da Xiaomi, demorem meses para chegar aos consumidores. De acordo com a Reuters, os pedidos para o Bureau of Indian Standards (BIS), que costumavam ser processados ​​em 15 dias, agora estão levando até dois meses ou mais.

A desaceleração começou em agosto, como parte da deterioração dos laços comerciais com a China após um confronto fronteiriço em junho que deixou 20 soldados indianos mortos. Desde então, a Índia endureceu as regras para investimentos chineses e baniu centenas de aplicativos móveis.

A Apple possui operações de montagem na Índia, mas os primeiros modelos do iPhone 12 são importados. No lançamento, executivos da Apple pediram ao BIS para acelerar a aprovação do aparelho, dando garantias de que a empresa continuaria a expandir suas atividades na Índia. Segundo a Reuters, não ficou claro por quanto tempo o pedido do iPhone 12 ficou pendente, e a Apple não respondeu a um pedido de comentário.

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O TikTok estava entre os primeiros aplicativos banidos na Índia. Imagem: shiv.mer/Shutterstock

Na última quarta-feira (25), 1.080 pedidos encaminhados ao BIS para laptops, tablets e outros dispositivos estavam pendentes, com 669 deles esperando há mais de 20 dias – enquanto alguns estão pendentes desde setembro. “Enquanto o BIS está atrasando as aprovações de produtos, o Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação está pressionando as empresas a fabricar esses dispositivos na Índia”, disse uma das fontes da agência de notícias.

Com mais de um bilhão de habitantes, a perda do mercado indiano é um grande baque para as empresas chinesas. China e Índia estão há décadas em uma disputa territorial sobre a soberania territórios na fronteira em comum. As medidas do governo indiano em relação aos dispositivos eletrônicos e aplicativos parecem demonstrar que o país está disposto a levar questão também para o campo da tecnologia.

Via: Reuters

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