A Petrobras reajustou o preço da gasolina em 4% e o do diesel em 5%. O aumento vale a partir desta quinta-feira, 26 de novembro, nas suas refinarias. Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, mesmo com o ajuste as importações de combustíveis seguem inviabilizadas em todos os portos brasileiros.
Os ajustes serão de R$ 0,0668 por litro para gasolina e de R$ 0,899 por litro de diesel. Este é o segundo aumento de novembro – o último foi no dia 12 – e segue a alta do petróleo no mercado internacional. “O preço do óleo diesel no mercado internacional segue a escalada do petróleo”, diz Araújo.
“Desde a data-base para o reajuste do dia 12, o PPI para diesel teve alta de R$0,23/L, sem acompanhamento do movimento nos preços domésticos”, emenda Araújo. Com a alta anunciada, a defasagem dos dois combustíveis (gasolina e diesel) ainda apresenta diferença de R$ 0,15 por litro em relação ao mercado internacional, explica.
No dia 12, a Petrobras já havia elevado o preço da gasolina em 6% e o do diesel (500 e S-10) em 5% nas suas refinarias. Os valores finais aos motoristas dependem das distribuidoras e de cada posto, que acrescem impostos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro.
No ano, o diesel acumula redução de 17,3%. Já a gasolina tem recuo acumulado de 8,7%. O combustível teve 38 reajustes em 2020, até agora, sendo 18 aumentos e 20 reduções. Para o diesel, foram 30 reajustes no total, dos quais, 15 foram aumentos e 15 diminuições de preços.
Na sexta-feira (20), o preço do etanol hidratado voltou a subir nas usinas paulistas, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O litro do produto saltou de R$ 2,0620 para R$ 2,0744 em uma semana, alta de 0,6%.
Acumula aumento de 16,66% em pouco mais dois meses, segundo os dados semanais do Cepea. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu, mas segue acima de R$ 2,40. Na última sexta-feira, passou de R$ 2,4403 para R$ 2,4205, queda de 0,81%. Em cerca de 60 dias, acumula elevação de 15,63%.
Segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 15 e 21 de novembro, o litro da gasolina vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,241, queda de 1,6% em relação aos R$ 4,312 da semana anterior (entre os dias 8 e 14).
A gasolina aditivada sai por R$ 4,347, recuo de 4,5% na comparação com os R$ 4,555 do período anterior. O litro do etanol custa, em média, R$ 2,924, ou 0,8% abaixo dos R$ 2,947 da segunda semana de novembro. O do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,453, alta de 4,1% em relação aos R$ 3,316 da semana anterior. O litro do S10 custa R$ 3,544, retração de 2,6% na comparação com os R$ 3,638 do dia 14.
Nos postos de Ribeirão Preto, o litro da gasolina custa entre R$ 4 (R$ 3,999) e R$ 4,60 (R$ 4,599). A nova, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol é vendido por R$ 2,40 (R$ 2,399) a R$ 2,90 (R$ 2,899), mas alguns revendedores já elevaram o preço para R$ 3 (R$ 2,999), acréscimo de R$ 0,65 em relação aos R$ 2,35 (ou R$ 2,349) da pandemia, alta de 27,6%.
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,924 para o litro do etanol e de R$ 4,241 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 68,9% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%.