Tribuna Ribeirão
Economia

Pix: novo sistema do BC começa a operar

ALFREDO RISK

Depois da fase de operação restrita, o Pix, sistema de paga­mento instantâneo entrou em funcionamento pleno nesta se­gunda-feira, 16 de novembro. O lançamento oficial ocorreu na manhã de ontem, com a partici­pação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Ele admitiu que algumas operações do Pix não foram completadas, mas descartou qualquer instabilidade no sis­tema da autoridade monetária. À noite, o problema teria sido resolvido. O BC lembrou que de 3 a 15 de novembro foi realizada a operação restrita do Pix, em que alguns clientes selecionados pelas instituições puderam ex­perimentar a novidade e realizar pagamentos e transferências.

Até esta segunda-feira, já haviam sido cadastradas mais de 80 milhões de chaves e rea­lizadas mais de 1,9 milhão de transações entre instituições diferentes, com um montante financeiro que passou de R$ 780 milhões. O BC informou ainda que, 19 instituições, de partici­pação facultativa, não realiza­ram todos os testes durante o período de operação restrita.

Em função disso, elas “re­tornaram à etapa de homologa­ção a partir de 1º de dezembro de 2020, deixando para ofertar o Pix em momento futuro”. “As demais, no total 734 institui­ções, terão o sistema disponível para toda a base de clientes a partir de hoje (ontem)”, acres­centa a autarquia.

O novo sistema vai funcio­nar por 24 horas todos os dias, sete dias por semana, 365 dias por ano. Desde 5 de outubro, pessoas e empresas estão fa­zendo o cadastro das chaves Pix, para identificar a conta para receber pagamentos e transferências.

Segundo o Banco Central, não há limite mínimo para pagamentos ou transferên­cias via Pix. As instituições que ofertam o Pix podem es­tabelecer limites máximos de valor para reduzir de riscos de fraude, lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Para fazer transferência ou pagamento, bastar ter a chave de quem vai receber o dinheiro, em vez de informações sobre agên­cia, conta e dados pessoais do recebedor. A chave Pix previa­mente cadastrada pode ser um número de celular, e-mail, Ca­dastro de Pessoa Física (CPF), Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitada no banco).

Por meio dela, será possível receber pagamentos e transfe­rências. O recebedor também pode gerar QR Codes. O Pix deve ser gratuito para pessoas físicas nas operações de transfe­rência e de compra. As exceções serão o recebimento de vendas de produtos e de serviços, que poderão ser tarifadas pelas insti­tuições financeiras.

Também pode haver co­brança se os clientes (pessoas físicas e jurídicas) que, podendo fazer a transação por meio ele­trônico (site ou aplicativo), pre­ferir fazê-la presencialmente ou por telefone. Nesse caso, as ins­tituições poderão cobrar tarifas.

Em relação às pessoas ju­rídicas, as instituições finan­ceiras poderão cobrar tarifa tanto no envio como no rece­bimento de dinheiro por meio do Pix. Serviços acessórios li­gados ao pagamento e ao rece­bimento de recursos também poderão ser tarifados. No site do Banco Central, há pergun­tas e respostas sobre o novo sistema de pagamentos.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse no lançamento do Pix que o sistema que paga­mentos instantâneos terá no­vas funcionalidades no futuro, como pagamentos programa­dos e troco em dinheiro e per­mitirá o chamado cashback (em inglês, dinheiro de volta).

Ou seja, o consumidor po­derá pagar uma compra em uma loja com Pix e receber o troco em dinheiro. No evento virtual de lançamento, Campos Neto destacou que o novo sis­tema é democrático por levar a tecnologia a todos os lugares, e reduz os custos das operações. “O Pix é rápido, barato, seguro, transparente e aberto”, disse.

Por reduzir os custos, como, por exemplo, com transporte de dinheiro, o presidente do BC disse que o novo sistema viabiliza pequenos negócios. Além disso, ressaltou que o sistema é seguro. “O dinheiro passa a ser rastreado, reduz várias práticas de crime como lavagem de dinheiro”, afirmou.

Campos Neto lembrou que o Pix será fácil de usar e prome­teu que o BC irá trabalhar para que a experiência do usuário melhore ao longo do tempo. “ Já temos mais de 750 empresas ca­dastradas e isso deve levar a uma segmentação e especialização nos serviços, que significam me­nor custo e melhor atendimento aos clientes”, projetou.

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