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Região tem a maior expectativa de vida

JF PIMENTA/ARQUIVO

De acordo com estudo da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados Estatísticos (Seade), a esperança de vida ao nascer no Estado de São Paulo, em 2019, correspondia a 76,4 anos e sua evolução revela ex­pressivo avanço na longevidade.

Nas últimas cinco décadas, houve aumento de 17,7 anos e, entre 2000 e 2019, o incremen­to foi de 4,8 anos, confirman­do a tendência ascendente da expectativa de vida paulista. As maiores esperanças de vida ao nascer são verificadas nas regiões de Ribeirão Preto (77,0 anos), Campinas (76,9) e São José do Rio Preto (76,8).

Segundo dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís­tica (IBGE), em Ribeirão Preto, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,2 anos em uma déca­da, passando de 72,5 anos, em 2000, para 75,7 anos, em 2010.

As menores aparecem na Re­gião Metropolitana da Baixada Santista (74,7) e nas regiões de Itapeva (74,8) e Registro (75,4). A diferença entre os valores regionais extremos, em 2019, foi de 2,3 anos, menor do que aquela observada em 2000 (4,5 anos). Essa redução sugere tendência de aproximação regional, resultante de ganhos ex­pressivos em regiões com menores níveis de longevidade.

Os indicadores detalhados por idade apontam acréscimos em todas as faixas etárias. Assim, crianças de 10 anos ampliaram sua esperança de vida de 66,1 anos em 1970, para 77,4 anos em 2019, enquanto jovens de 30 anos passa­ram de 67,7 para 78,3 anos, nesse mesmo período. Ressalta-se que pessoas idosas com 70 anos esten­deram sua expectativa de vida de 78,9 para 84,3 anos.

Além da redução continua­da da mortalidade na infância, com impacto imediato na so­brevivência entre os mais jovens, também ficam evidentes fortes progressos nas demais faixas etárias da população residente no Estado. Em 2019, a esperan­ça de vida feminina era de 79,4 anos e a masculina de 73,3 anos, com uma diferença de 6,1 anos entre os sexos, inferior àquela re­gistrada em 2000: 9,0 anos.

A atenuação observada está diretamente associada à queda da mortalidade masculina, em especial as causas de morte re­lacionadas a agressões e aciden­tes de transporte, favorecendo, principalmente, a sobrevivência da população masculina jovem.

Indicador aponta que RPé a 33ª melhor para envelhecer
Um indicador elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon aponta que o Estado de São Paulo concentra a maior parte das cidades do Brasil onde há melhores condições de vida para idosos. Ribeirão Preto é a 33ª do ranking nacional para quem tem mais de 65 anos, mas ocupa a 28ª colocação para pessoas entre 60 e 75 anos e é a 40ª para quem tem mais de 75 anos.

Chamado de Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL), o indicador considera dimensões como cuidados de saúde, bem-estar, finanças, habitação, educação e cultura, além de indica­dores gerais de desemprego, expectativa de vida e violência.

A pesquisa selecionou 876 cidades mais populosas do Brasil e as separou em dois grupos: as 280 maiores, com mais de 100 mil habitantes, e as 596 menores, com menos de 100 mil moradores. Ribeirão Preto é a 33ª no IDL geral de 2020, com 71 em uma escala que vai de zero a 100 – era de 78 em 2017, primeiro ano do estudo.

As notas da capital da Região Metropolitana são 58,4 em habitação (obteve 51 na edição anterior, de 2017), 30,5 em saúde (73 no ante­rior), 65,8 em bem-estar (mesma pontuação), 53,2 em cultura e en­gajamento (era de 62), 77,8 em educação e trabalho (era de 80), 52,2 em finanças (era de 76) e 78,5 em indicadores gerais (era de 67).

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