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Brasil tem 3,3 mil espécies ameaçadas

O Brasil tem hoje pelo me­nos 3.299 espécies de animais e plantas ameaçadas de extinção. O número representa 19,8% do total de 16.645 espécies avalia­das pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Contas de Ecossis­temas: Espécies ameaçadas de extinção, divulgada nesta quin­ta-feira, 5 de novembro. O ecos­sistema mais degradado do país é a Mata Atlântica, seguido de perto pelo Cerrado e a Caatinga.

Os números, no entanto, devem ser muito maiores. Atu­almente são reconhecidas no Brasil 49.168 espécies de plan­tas e 117.096 espécies de ani­mais. Desse total, a pesquisa do IBGE analisou apenas as 4.617 espécies da flora e as 12.262 es­pécies da fauna para as quais existem informações sobre seu estado de conservação. Elas representam, respectivamente, 11,26% e 10,13% do total de es­pécies reconhecidas.

“O estudo tem especial im­portância para o Brasil, que é o País com a maior biodiversida­de do mundo”, afirmou o coor­denador técnico da pesquisa, Leonardo Bergamini. Das es­pécies ameaçadas estudadas, o levantamento mostra que 4,73% estão criticamente em perigo, 9,35% estão em perigo e 5,74% são consideradas vul­neráveis. Outras 0,06% estão extintas e 0,01% são extintas na natureza (ou seja, só existem em cativeiro).

Entre as espécies extintas es­tão as aves maçarico-esquimó (Numenius borealis), gritador­-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), limpa-folha-do­-nordeste (Philydor novaesi), peito-vermelho-grande (Stur­nella defilippii), arara-azul-pe­quena (Anodorhynchus glau­cus), e caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum).

Estão ainda o anfíbio pere­reca-verde-de-fímbria (Phryno­medusa fimbriata), o mamífero rato-de-Noronha (Noronhomys vespuccii) e os peixes marinhos tubarão-dente-de-agulha (Car­charhinus isodon) e tubarão-la­garto (Schroederichthys bivius). Além dessas, uma espécie está extinta na natureza: a ave mu­tum-do-Nordeste (Pauxi mitu), originária da Mata Atlântica.

A Mata Atlântica é o bio­ma que apresenta mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos (1.989) como propor­cionalmente (25,0%). Em segui­da vem o Cerrado, com 1.061 espécies ameaçadas ou 19,7% do total, e a Caatinga, 366 espécies ou 18,2%. O Pampa tem 194 es­pécies ameaçadas, que represen­tam 14,5% do total.

Já o Pantanal e a Amazônia estão mais bem preservados e apresentam as maiores pro­porções de espécies incluídas na categoria menos preocu­pante (88,7% e 84,3% res­pectivamente) e os menores percentuais de espécies amea­çadas (3,8% e 4,7%).

Esses dois biomas, porém, têm sofrido nos últimos meses com o aumento de incêndios. Especialistas alertam que essa destruição pode afetar as o ha­bitat natural de várias espécies e também seus ciclos de repro­dução. No total para este ano, o Pantanal teve recorde de quei­madas, com 21.115 ocorrências.

É o maior número da série histórica, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A máxima registrada até agora era a de 2005, com 12.486 focos de fogo. Na Amazônia, o total de ocorrências entre janei­ro e outubro (93.356) já supera o total de 2019.

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