Tribuna Ribeirão
Cultura

Bate-papo celebra 26 anos do Orùnmilá

VINÍCIUS BARROS

A programação do mês de novembro da “40tena Cultu­ral”, projeto da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto – que oferece gratuita­mente atividades culturais, debates, contações de histó­rias, entre outras atrações –, terá um debate sobre o “Cen­tro Cultural Orùnmilá: 26 anos de cultura e resistência negra”, nesta sexta-feira, 6 de novembro.

O encontro será às 19 ho­ras, na plataforma de reuni­ões Zoom (https://us02web. zoom.us/j/87474706128) e no site da fundação. Será mediado pela presidente in­terina da entidade, a educo­municadora Adriana Silva, e contará com a participação dos integrantes do Orùnmi­lá: Paulo Ifatide e Mãe Neide (fundadores da instituição), além de Renata Sangoranti, coordenadora do projeto, Si­las Nogueira e Rudah Felipe, membros do centro.

O evento terá como foco a celebração do aniversário do Centro Cultural Orùn­milá, que está há quase 30 anos combatendo o racismo na região de Ribeirão Preto. Desde sua fundação, o ins­tituto seguiu a filosofia que prioriza a educação, arte e a cultura como elementos fun­damentais para a superação dos problemas sociais, como a violência e criminalidade.

No espaço, são oferecidas oficinas, capoeira, dança afro, percussão, informática, além da realização de palestras, seminários e encontros. Há também Biblioteca Ile Latied Dudu (Casa da Cultura Ne­gra) e uma rádio comunitá­ria.

Em relação a luta con­tra o racismo, Paulo Ifatide comenta que não houve au­mento nos casos de injúrias e violência racial, mas que, na verdade, os casos passaram a ser gravados por celulares e câmeras. “Tudo continua como sempre foi. O proble­ma é o advento do celular, que vem possibilitando as pessoas a gravarem o com­portamento militar com os afrodescendentes”.

Fundado em março de 1994, em Ribeirão Preto, no bairro do Tanquinho, na Zona Norte, o Centro Cultu­ral Orùnmilá tem como uma de suas principais atividades o Afoxé Omó Orùnmilá, que no carnaval de 2020 comple­tou 25 anos de desfiles inin­terruptos.

É uma entidade sem fins econômicos que tem como função primordial a elevação da condição humana me­diante a promoção da cidada­nia, da busca dos elementos da identidade sociocultural, da reconquista da dignidade e da autoestima particular­mente da população negra.

Procura questionar e ofe­recer novos elementos para contribuir com a superação de um processo de educa­ção de caráter conservador e elitista que predominou no Brasil, sem questionamentos, durante muitos anos. Reúne diferentes formas de troca, aquisição de conhecimentos que formam um conjunto de atividades e oficinas culturais gratuitas.

Tem dança afro-yoruba­na, percussão, samba rock, capoeira, hip hop, construção de tambores, inclusão digital, biblioteca temática, culinária africana, ciclo de palestras, entre outras coisas. Na língua yorubá, orùnmilá significa “somente o céu conhece seu destino”.

O Centro Cultural Orùn­milá foi reconhecido como Ponto de Cultura selecionado pelo Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, em 2010. Nos últimos 20 anos se tornou referência nacional no combate ao racismo e a discriminação racial.

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