A velha história dos combustíveis
Entidades representativas de grande dos postos de combustíveis garantem que nos próximos dias poderemos ter um aumento de 15% no preço do etanol por conta de valores acumulados durante a pandemia. Informam que as distribuidoras comunicaram esta majoração e justificam com o fim de safra e a falta do produto.
Tudo certo, mas esquisito
Os entendidos do setor garantem que os estoques estariam com etanol para suprir a necessidade durante o período de entressafra, tanto assim é que os representantes do setor sucroalcooleiro se insurgiram contra o ato do governo federal de continuar a importar o álcool com milho produzido nos Estados Unidos. Na oportunidade, os representantes dos usineiros teriam dito que há muito etanol nos estoques e que o referido acordo seria prejudicial.
Desculpa sem sustentação
A desculpa da entressafra não se sustenta, conforme estudiosos do assunto. Dizem que há etanol nos estoques. O aumento dos preços será muito acima da possibilidade dos consumidores diante desta pandemia e da redução de recursos das famílias já endividadas.
Redução do preço
Enquanto as distribuidoras oferecem estas desculpas, o governo federal determinou às refinarias que reduzam os preços da gasolina e do diesel. O etanol tem uma correspondência com o preço da gasolina e, portanto, também deveria baixar os valores, o que não aconteceu. Há de se esclarecer o que existe nesta “caixinha” de interesses diversos. Nunca ninguém explicou sobre as ações que o promotor Carlos Cezar Barbosa ingressou para contestar os valores cobrados pelas distribuidoras, postos etc. relativos ao CDL (Custo, Despesa e Lucro) onde se encontrou discrepâncias enormes. O caso até ontem não havia sido julgado pela Justiça.