Por Julio Maria
Os novos sinais do ressurgimento à cena de Duda Brack depois de seu primeiro álbum lançado em 2015 com o título É são bem promissores. Depois de conhecer Ney Matogrosso durante um show do projeto Primavera nos Dentes, levantado para interpretar recriações de músicas do grupo Secos & Molhados, feito com o baterista Charles Gavin, o baixista Pedro Coelho (que participou da peça Cássia Eller – O Musical), o guitarrista Paulo Rafael (dos melhores do País, responsável por solos imortais das músicas de Alceu Valença) e o guitarrista Felipe Ventura (da banda Baleia), Duda acaba de lançar um single e um clipe da canção Toma Essa.
A gaúcha Duda gravou o clipe dias 2 e 3 de março na boate Paradis Club, em Curitiba, poucos dias antes das pandemia da covid-19 ser decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como surto planetário. O resultado, uma espécie de continuação do clipe de Pedalada, lançado em março, trabalha com a mesma equipe, a direção dividida entre Duda, Ana Campos e Rebeca Brack.
Sua personagem se apresenta em uma boate com roupas provocantes da qual Ney Matogrosso é o dono. Assim que o namorado de Duda chegar à sua procura, o “boy”, Ney vai desafiá-lo e todos os personagens da casa irão iniciar uma coreografia de luta em um dos melhores momentos do vídeo. Todos aparecem em ótimas atuações dentro de uma linguagem de curta-metragem, como em Pedalada.
Aos 27 anos, Duda conta que Ney a convidou para que ela lançasse seu disco pelo selo Matogrosso Produções depois de vê-la em cena com o Primavera nos Dentes. De raros elogios, ele disse ao Estadão que Duda se trata “de uma das melhores cantoras de sua geração”.
Com a pandemia, o álbum novo ficou para, se tudo correr bem, o primeiro semestre de 2021. Ao ser perguntada sobre o tempo que levou entre o primeiro trabalho, de 2015, e o segundo, preparado agora, Duda acha curioso o fato de muitas pessoas a perguntarem sobre sua pausa. Ela conta que não tinha muitas expectativas em 2015, não sabia ainda que caminho tomar e que passou por uma depressão. “Eu só tinha 20 anos e estava em um momento sem nenhuma pretensão. Havia questões da vida pessoal que acabaram se embaralhando com a profissional. Sinto agora que estou mais leve, mais segura e pronta, me entendendo mais.”