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Por Mariane Morisawa – Especial para a AE

No mar de opções de streaming à disposição do consumidor atualmente, o Disney+, que chega ao mercado brasileiro dia 17 de novembro, tem personalidade própria. O serviço é voltado para famílias e não tem conteúdo impróprio para as crianças. Por isso, logo que começou o planejamento para a plataforma, surgiu a ideia de fazer um novo longa-metragem com dois amados personagens do Disney Channel. Assim nasceu Phineas e Ferb, O Filme: Candace Contra o Universo, que chega ao país junto com o Disney+.

“Phineas e Ferb nunca é só para crianças”, disse Jeff “Swampy” Marsh, criador dos personagens junto com Dan Povenmire, em entrevista coletiva. “A beleza é que eles funcionam com todas as idades, mesmo para uma pessoa severamente crescida como eu.” Povenmire acrescentou: “Nós sempre tentamos fazer com que seja engraçado para todos. Não usamos piadas que seriam incômodas de fazer na frente de uma criança. Tentamos simplesmente não excluir os pequenos como público.”

Phineas (voz de Vincent Martella na versão original) e Ferb (David Errigo Jr.) são meios-irmãos inventores que vivem aprontando na tentativa de se entreter durante as férias. A irmã mais velha de Phineas, Candace (Ashley Tisdale), está sempre tentando desmascarar os dois menores, sem muito sucesso. Mas, como o título do filme indica, aqui ela ganha um papel mais central ao ser abduzida por alienígenas junto com sua amiga Vanessa (Olivia Olson). Isso faz com que Phineas e Ferb recrutem seus amigos Isabella (Alyson Stoner), Baljeet (Maulik Pancholy) e Buford (Bobby Gaylor) e se aliem a seu arqui-inimigo, o Dr. Doofenshmirtz (voz de Povenmire), pai de Vanessa, e saiam em sua busca.

Mas Candace está mais do que satisfeita no planeta Feebla-Oot, onde é recebida pela líder Super Super Big Doctor (Ali Wong) como “a escolhida”. “Para começo de conversa, acho que Candace está superanimada porque é seu filme”, disse Tisdale. “No começo ela fica com um pouco de medo, mas depois passa a se sentir especial. Ela é muito frustrada por nunca conseguir pegar seus irmãos nas coisas que eles aprontam, então ela precisava se separar um pouco deles para perceber que os dois são melhores do que pensava. É um aprendizado.”

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Encontrar uma história e um cenário que não tivessem explorado na série, que ficou no ar entre 2008 e 2015, com mais de 200 episódios, foi um desafio. “A gente pensava em algo, e aí percebia já ter usado na terceira temporada”, disse Swampy. No fim, optaram por outro planeta. “Assim podíamos inventar tudo e deixar com o visual que desejássemos”, disse Povenmire. Fora que os dois cresceram na era espacial. “Um dos meus grandes heróis era o Neil Armstrong”, disse Swampy.

Outra marca de Phineas e Ferb são as músicas, e aqui não poderia ser diferente. A dupla criou novas e divertidas canções para o filme, incluindo We’re Back, que fizeram via FaceTime durante a quarentena e que menciona o próprio Disney+. “Acho que não há nada com poder de cura tão grande quanto uma boa melodia”, disse Swampy. “E melhor ainda se incluir um humor esperto no pacote.”

É quase impossível não se render à aventura dos dois meninos levados e da sua irmã que se sente deixada de lado. “Você ama todos eles e quer passar o máximo de tempo no mundo deles, por isso as pessoas não se cansam”, disse Maulik Pancholy. “E, no meio de tudo, Dan e Swampy podem soltar a piada mais irreverente, sem jamais perder a emoção e a ternura.” Para Alyson Stoner, nem os vilões da história são vilanizados. “Sempre se trata de compreender e trazer humanidade e dignidade para a experiência e a perspectiva de alguém. Então há oportunidade de unificar na diferença em vez de separar.”

Para Swampy, o segredo do sucesso de Phineas e Ferb é “nunca subestimar a inteligência das crianças”. Dan Povenmire acredita que o otimismo é o que faz com que a série seja um hit mundial. “Mas também a positividade na música”, afirmou. “É seu otimismo melodioso.” No meio de uma pandemia e crise global, momento mais propício para assistir a algo para cima, cantar junto e reunir a família, não há. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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