Nesta quinta-feira, 29 de outubro, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a economia de Ribeirão Preto fechou setembro com saldo de 1.512 novas vagas de emprego com carteira assinada, o terceiro superávit seguido desde julho e o melhor resultado do ano.
O resultado de setembro, fruto de 8.089 admissões e 6.577 demissões, também é o melhor para o mês desde 2009, quando o superávit foi de 1.586 empregos formais (8.292 trabalhadores contratados e 6.706 demitidos). Na comparação com agosto, quando o saldo foi de 759 novas vagas com carteira assinada (6.645 contratações e 5.886 rescisões), são 753 postos de trabalho a mais, quase o dobro, aumento de 99,2%.
No período da pandemia, entre março e setembro, a cidade eliminou 7.467 empregos formais, com 42.708 admissões e 50.175 demissões. Os dados do Caged são atualizados todo mês, por isso há divergências em relação às informações mensais divulgadas anteriormente.
Na comparação com setembro do ano passado, quando Ribeirão Preto admitiu 8.263 pessoas e demitiu 7.484, fechando o mês com saldo de 779 vagas, a alta foi de 94,1%, com 733 novos postos de trabalho a mais. Em nove meses deste ano, a economia ribeirão-pretana ainda acumula déficit de 5.727 empregos formais, fruto de 61.112 admissões e 66.839 demissões.
Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o superávit foi de 3.547 novos postos (76.002 contratações e 72.455 dispensas), a queda chega a 261,5%, com 9.274 carteiras assinadas a menos. Ribeirão Preto também registrou superávit em janeiro (451), fevereiro (1.289) e julho (400).
O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês. Ribeirão Preto também registrou déficit em março (-1.734 vagas), abril (-5.410, o maior rombo da história para o mês), maio (-2.678) e junho (-316).
Ribeirão Preto fechou 2019 com superávit de 3.260 vagas – fruto de 99.483 admissões e 96.223 demissões. Ficou 53,1% abaixo do saldo de 2018, de 6.958 novos empregos formais (96.236 contratações e 89.278 rescisões), com 3.698 carteiras assinadas a menos em 2019. Mesmo assim, a cidade obteve o quarto superávit mais expressivo do estado.
Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917). O resultado mais expressivo da última década na cidade foi registrado em 2010, quando fechou o período com saldo de 14.352 empregos formais, fruto de 109.136 admissões e 94.784 demissões. Já o pior desempenho foi constatado em 2015, no auge da crise econômica, com déficit de 6.323 postos de trabalho – 98.572 contratações e 104.895 rescisões.
Saldo de emprego por setores em RP
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto todos os principais setores registraram superávit em setembro, com destaque para os serviços, indústria, comércio e construção.
O setor de serviços registrou 4.281 contratações e 3.756 rescisões, superávit de 525 empregos formais. Neste ano, entre janeiro e o mês passado, são 34.322 contratações e 37.942 rescisões, déficit de 3.620 empregos formais.
Em setembro, a indústria admitiu 883 trabalhadores e demitiu 516, com saldo positivo de 367 empregos formais. No ano, contratou 5.283 funcionários e rescindiu o contrato de 5.093, superávit de 190 vagas.
Já o comércio fechou setembro com saldo positivo de 319 postos de trabalho, fruto de 2.077 admissões e 1.758 demissões. No ano, o rombo chega a 2.967, fruto de 15.264 admissões e 18.231 demissões.
A construção civil fechou o mês passado com superávit de 236 carteiras assinadas, fruto de 764 admissões e 528 demissões. Em nove meses, o saldo positivo chega a 547, resultado de 5.986 contratações e 5.439 rescisões.
A agropecuária admitiu 84 funcionários, dispensou 19 e fechou o mês com saldo positivo de 65 postos. Em nove meses, contratou 257 pessoas e dispensou 134, saldo de 123 novos contratos.