O preço do etanol combustível começou outubro em alta e não para de subir. Já são cinco semanas consecutivas de aumento nas unidades produtoras do estado. Segundo dados divulgados na sexta-feira, dia 23, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o hidratado nas usinas paulistas continua acima de R$ 2.
O litro do produto, que quase chegou a R$ 2,15 no final de fevereiro e passou a maior parte de março, abril e maio na casa de R$ 1,30, saltou para R$ 1,8945 no dia 9, para R$ 2,0149 no dia 16 e agora chegou a R$ 2,0452, alta de 1,50%, acumulando aumento de 15,24% em pouco mais de um mês. Ao contrário das quedas, o reajuste para cima deve chegar às bombas nos próximos dias.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu pela sexta semana seguida, depois de retração de 0,35% em 11 de setembro, e está acima de R$ 2,35. Na sexta-feira, saltou de R$ 2,3149 para R$ 2,3792, alta de 2,78%. Em cerca de 40 dias, acumula aumento de 13,87%.
Gasolina
A Petrobras reduziu o preço dos combustíveis em suas refinarias. O litro da gasolina ficou 5% mais barato nesta terça-feira, 27 de outubro, enquanto o do diesel (S10 e S500) caiu 4%. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, com a redução de 4% (ou R$ 0,07 por litro), o preço médio do diesel da Petrobras para as distribuidoras passa a ser de R$ 1,69 por litro.
No acumulado do ano, a redução do preço é de 27,3 %. Já para a gasolina, com a redução de 5% (ou R$ 0,09 por litro), o preço médio da estatal para as distribuidoras passa a ser R$ 1,66 por litro. No acumulado do ano, a redução chega a 13,7%. A gasolina teve 35 reajustes em 2020, até agora, sendo 16 aumentos e 19 reduções. Para o diesel, foram 28 reajustes no total, dos quais 13 foram aumentos e 15 diminuições de preços.
A expectativa é para saber se a queda chegará às bombas, mas dificilmente isso ocorre porque os revendedores querem recuperar as perdas provocadas pela pandemia de coronavírus. Os valores finais aos motoristas dependem de cada posto, que acrescem impostos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro.
Na sexta-feira, a Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis de Ribeirão Preto, o equivalente a 50% do mercado local – anunciou um aumento acumulado de 15% no etanol pelas distribuidoras e de 7% na gasolina e disse que os revendedores não têm condições de evitar o repasse, pois já trabalham no limite.
Segundo o mais novo levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 18 e 24 de outubro, em mais de 100 cidades paulistas, o litro da gasolina vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,159. A aditivada sai por R$ 4,282. O litro do etanol custa, em média, R$ 2,806.
O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 3,357. O litro do S10 custa R$ 3,534. Nos postos de Ribeirão Preto, ao litro da gasolina custa entre R$ 4 (R$ 3,999) e R$ 4,60 (R$ 4,599). A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por R$ 5,60 (R$ 5,599). O etanol é vendido por R$ 2,40 (R$ 2,399) a R$ 2,90 (R$ 2,899).
Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,806 para o litro do etanol e de R$ 4,159 para o da gasolina, ainda é mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade está em 67,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.