A Polícia Federal (PF) usará drones em todos os estados para auxiliar o trabalho dos policiais na prevenção e repressão a crimes eleitorais. A meta é aumentar a segurança nas eleições deste ano. Serão utilizados mais de 100 Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), que serão alocadas em municípios, classificados pelo órgão, como estratégicos em todo o território nacional.
Ribeirão Preto está na lista de cidades estratégicas, mas a PF não divulgou quantos drones serão utilizados no município, que conta com 441.845 eleitores aptos a votar em novembro deste ano, segundo dados atualizados e consolidados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a PF, os equipamentos vão sobrevoar as cinco zonas eleitorais de Ribeirão Preto – 108ª, 265ª, 266ª, 293ª e 305ª –, que contam com 1.130 seções distribuídas por 128 locais de votação, ajudando na fiscalização e no combate a crimes como boca de urna e transporte ilegal de eleitores, por exemplo.
Ainda de acordo com a PF, os drones têm tecnologia de ponta e podem se tornar imperceptíveis ao voar em elevada altitude. Esses equipamentos possuem câmeras capazes de realizar zoom suficiente para identificar suspeitos, placas de veículos, entrega de santinhos e situações de compra de votos, com imagens de alta nitidez.
As imagens capturadas serão transmitidas a uma equipe da Polícia Federal, que estará preparada para monitorar todas as eleições e adotar as medidas cabíveis diante de atividades suspeitas. “Diante de algum flagrante de crime eleitoral, policiais se deslocarão imediatamente para o local indicado visando prender os suspeitos, que serão conduzidos a uma delegacia, onde serão tomadas as providências pertinentes”, informa a Polícia Federal.
A Polícia Federal acrescenta que o uso dos drones atende orientações da direção geral da corporação visando prevenir e reprimir ações delituosas com a utilização de novas tecnologias. Além disso, o emprego de ARPs diminui a presença física dos policiais e o contato social com não envolvidos em situação criminosa.
Para a PF, esse procedimento é extremamente relevante diante do cenário de medidas de distanciamento social para combater a epidemia do novo coronavírus. “Com isso, a instituição [Polícia Federal] visa cumprir seu mister constitucional de polícia judiciária eleitoral e mostrar que está preparada para combater crimes eleitorais, garantindo um pleito seguro para que os cidadãos possam exercer o seu direito de sufrágio dentro da legalidade”, finalizou a Polícia Federal.
O horário de votação foi ampliado neste ano por causa da pandemia de coronavírus. Para evitar aglomeração, as escolas onde as urnas serão instaladas atenderão das sete às 17 horas – o TSE orienta que o período das sete às dez horas seja reservado para idosos, pessoas acima de 60 anos, um, dos grupos de risco da covid-19.
As eleições municipais deste ano foram adiadas de 4 de outubro para 15 de novembro. Nos municípios onde houver segundo turno – cidades com mais de 200 mil eleitores onde o candidato mais votado não alcance 50% dos votos mais um (maioria) –, o pleito será realizado no dia 29 de novembro.