Tribuna Ribeirão
Economia

Indústria cresce em 12 locais em agosto

JOSÉ PAULO LACERDA/CNI

O setor industrial nacional teve alta em doze dos 15 lo­cais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Re­gional), na passagem de julho para agosto. O resultado mos­tra que seis locais já superaram o patamar pré-pandemia da covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará (5%), Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%) estão aci­ma do nível de produção de fevereiro de 2020.

Os dados foram divulga­dos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção indus­trial nacional cresceu 3,2% em agosto, quarta alta segui­da. O gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, explica que esse resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento social.

“A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à produção de unidades produ­tivas, após paralisações e in­terrupções por conta da pan­demia”. Na comparação com agosto de 2019, a produção industrial apresentou queda de 2,7%, com retração de nove dos 15 locais pesquisados.

Segundo o IBGE, houve contribuição negativa do efeito calendário, porque agosto de 2020 teve um dia útil a menos do que igual mês do ano ante­rior. A PIM-Regional apontou que o Pará teve a maior alta na produção em agosto, com 9,8%. A taxa dá ao estado o se­gundo lugar em influência no resultado geral.

“É a terceira taxa positi­va consecutiva do Pará, com ganho de 18,2% nesse perío­do”, disse, em nota, Almeida, acrescentando que o índice foi influenciado pelo desempenho do setor de extração mineral, que equivale a aproximada­mente 88% da produção in­dustrial paraense.

Segundo o IBGE, a indús­tria de São Paulo continua como maior influência da série de altas do setor. Em agosto, o aumento foi 4,8%. “O setor de veículos puxa o resultado, já que é bastante atuante na indústria paulista”, afirma Al­meida, citando também o bom desempenho do setor de má­quinas e equipamentos.

São Paulo acumula a quarta taxa positiva consecutiva, so­mando 39,8% no período. En­tretanto, ainda está 0,6% abai­xo do período pré-pandemia. O Rio de Janeiro apresentou alta de 3,3%, a sétima maior taxa no mês, mas a terceira maior influência no resultado nacional.

“Este índice foi puxado pelo setor de derivados do pe­tróleo, mais especificamente, o refino. A metalurgia também ajudou”, disse o gerente da pes­quisa. Também é a quarta taxa positiva consecutiva da indús­tria fluminense, com acumula­do de 19,1% no período.

Segundo a pesquisa, o Rio está quase alcançando o pa­tamar de fevereiro de 2020, estando 0,1% abaixo do ní­vel de produção pré-pan­demia. Por outro lado, Per­nambuco (-3,9%) e Espírito Santo (-2,7%) tiveram as maio­res quedas no mês.

A produção industrial per­nambucana, após três meses de altas que somaram 40,3%, caiu por conta do resultado mais baixo do setor de bebi­das, muito atuante dentro do estado. Ainda assim, Pernam­buco está na lista de locais que superaram o nível de fevereiro. Minas Gerais, com variação de negativa de 0,4%, completa a lista de quedas.

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