Atuando na linha de frente durante a pandemia, a enfermeira Ieda Maria Lira Henrique, de 56 anos é viúva e mãe de dois filhos. Adepta de esportes, e de uma boa alimentação faz caminhada e musculação com frequência. Mesmo tomando todas as precauções, um dia acordou se sentindo mal, cansada, com falta de ar, tosse seca, espirro, perda de paladar e olfato, na hora soube que era covid. Correu para fazer um teste na rede particular e depois na rede pública. Ambos deram positivo e ela começou o isolamento domiciliar de 14 dias. Um dia antes de terminar o isolamento, teve falta de ar e foi para o Ribeirânia e foi diagnosticada com pneumonia. Ficou internada 5 dias na Enfermaria, fazendo o tratamento e fez questão de destacar o atendimento humanizado, acolhedor, ético, competente e eficaz que recebeu de toda a equipe hospitalar. O sentimento dela pós alta é de muita fé e gratidão por renascer de uma situação nova em que o mundo todo quer acertar, mas, tudo ainda é muito recente!
Acostumado a conduzir ambulância de urgência destinada ao atendimento e transporte de pacientes; e a desenvolver ações básicas no suporte à vida, como reanimação cardiorrespiratória e imobilização, o motorista/socorrista, Genilson Rodrigues da Silva, de 50 anos, levou um susto ao perceber os primeiros sintomas da covid. A irritação na garganta, as dores no corpo, a febre e a falta de ar o levaram ao hospital, onde permaneceu por 20 dias, dos quais 18 na UTI. No período em que ficou internado, ficou muito triste e preocupado. Foram momentos de reflexão sobre a Vida corrida e cheia de preocupações, superados pelo atendimento humanizado e carinho de toda a equipe do Ribeirânia. Segundo Genilson, essa experiência angustiante serviu para ele dar mais valor à vida, fortalecer a fé em Deus por ter lhe dado uma nova chance. Muito querido pela família e colegas de trabalho, e mais feliz ainda por ter vencido a doença, no dia da alta hospitalar, foi surpreendido por calorosa e emocionante recepção seguida de carreata.
Desde o início da pandemia, mais de 3.800 pessoas com suspeita ou sintomas de covid-19 passaram pelo Hospital Ribeirânia, destes 1.381 foram confirmados e 419 necessi taram de internação. O Ribeirânia tornou-se r eferência em atendimento de pacientes com covid-19 e compartilha um pouco da vida dessas pessoas, que v enceram a doença. No encerramento de uma das mais importantes batalhas travadas na vida, com direito a homenagem e muitos aplausos, a trabalhadora rural Maria Souza dos Santos Silva, de 100 anos, deixou o Hospital Ribeirânia. Ela passou 11 dias lutando incessantemente contra o novo coronavírus, entre internações na enf ermaria e na UTI ( Unidade de Terapia In tensiva), mas não “deu mole” para a doença e venceu a covid. A centenária é mãe de quatro filhos, avó de cinco netos e bisa vó de tr ês bisnetos. Nas r euniões de família faz um franguinho caipira que é o maior sucesso. Antes da pandemia, participava ativamente do Programa de Integração da Melhor Idade e se destacava no Baile dos Aposentados. Mesmo com o uso de um marca-passo, sendo portadora de Doença de Chagas e tendo problemas no intestino, ela está recuperada e não vê a hora de tudo isso passar para retomar suas atividades preferidas. Para comemorar a despedida da dona Maria, no Hospital Ribeirânia, os profissionais da saúde formaram um corr edor-humano e o médico Edgar Lanhez aproveitou o momento para agradecer, emocionado, pelo exemplo de superação. “A força da senhora é uma inspiração para todos nós”, disse ele, em nome de toda equipe que acompanhou a luta da Dona Maria contra a covid-19.