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Tribuna 25 anos, nossos bairros

Leitor acompanhará nas páginas desta edição especial um pouco sobre quem foram os personagens que dão nomes a alguns dos principais bairros da cidade

O Tribuna comemora neste final de sema­na 25 anos de existência. São duas décadas e meia contando, principalmente, as histórias e os fatos de Ribeirão Preto, sem, no entanto, deixar de lado as informações que movimen­tam a região, o Brasil e o mundo. Mas o enfo­que primordial do jornal é estar presente nos bairros da cidade.

Para comemorar essa data especial, o jor­nalista Márcio Javaroni escreveu sobre quem foram essas figuras ilustres que dão nome a al­guns dos principais bairros de Ribeirão Preto. Informações para mais vez serem guardadas como fonte histórica de pesquisa e que estão nas páginas desta edição especial.

 

Antonio Marincek
Antonio Marincek nasceu em Jardinópolis, em 28 de junho de 1903. Ao longo da vida dedi­cou-se, junto à esposa Antonia e os filhos Hélio e Homilton, a sua grande paixão: a aviação.

Tirou brevê aos 34 anos, sob as ordens do instrutor Juvenal Paixão, de quem acabou com­prando a escola de aviação e se tornou responsável pela formação de centenas de alu­nos da região, além de ajudar a construir diversos campos de aviação pelo Brasil.

Nos anos 70, Antonio Marincek utilizou parte de uma chácara de sua propriedade para criar o Ipa­nema Clube. Também em área da família, adquirida pela Coha­b-RP, foi construído o conjunto habitacional que leva seu nome.

Faleceu em Ribeirão Preto, em 2 de maio de 1991.

 

Antônio Palocci
Antônio Palocci nasceu em Ri­beirão Preto, em 16 de junho de 1918, filho de Orlando Palocci e Luiza Vetori.

Foi artista plástico e incentiva­dor da arte na cidade, fundador da Escola de Belas Artes do Bos­que, diretor dos Museus Histó­rico e do Café, coordenador da Casa de Cultura, secretário mu­nicipal da Cultura e idealizador do Sarp – Salão de Artes de Ri­beirão Preto.

Antes de deixar a cidade, nos anos 40, projetou e executou as maquetes das Sete Capelas, no Alto do Morro do São Bento.

Fora daqui trabalhou na Escola Superior de Artes Plásticas do Rio de Janeiro foi aprendiz do escultor italiano De Bertoli, ajudando a realizar obras no altar da Catedral da Sé, em São Paulo.

De volta a Ribeirão Preto dedicou-se até o final da vida à atividade cultural.

Casado com Antonia de Castro Palocci, teve quatro filhos, um deles o ex-prefeito e ministro da Fazenda Antônio Palocci Filho.

Faleceu em 02 de julho de 1987.

 

Francisco de Palma Travassos
Nascido em Santa Rita do Passa Quatro (SP), em 24 de ou­tubro de 1895, Francisco de Palma Travassos formou-se pela Escola Politécnica de São Paulo na turma de 1920.

Tornou-se um importante engenheiro civil da região de Ri­beirão Preto, exerceu ativamente sua profissão. Fundou em 1922, junto com o também engenheiro Francisco Azevedo, a Construtora Azevedo & Travassos.
Foi membro do Ins­tituto dos Arquite­tos do Brasil, tendo feito, entre outras especializações, o curso de Planeja­mento de Hospitais.

Palma Travassos era proprietário de vários terrenos e lo­tes na região de Ri­beirão Preto.
Anos mais tarde fez a doação de uma área e do projeto para o estádio do Comercial Futebol Clube, que foi inaugurado em 1964, batizado com o seu nome.

 

Geraldo Correia de Carvalho
Geraldo Correia de Carvalho nasceu em Ribeirão Preto, no dia 14 de março de 1917.

Filho de Joaquim Correia de Carvalho e Carolina Matos de Carvalho, elegeu-se deputado federal por São Paulo na le­genda do Partido Democrata Cristão (PDC).

Empossado em fevereiro de 1959, foi membro efetivo da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, posição na qual manifestava interesse, sobretudo pelos problemas sa­nitários do país.

Deixou a Câmara ao término da legisla­tura, em janeiro de 1963, passando a trabalhar como mé­dico na Santa Casa de Misericórdia, em Ribeirão Preto, e em consultório próprio.

Foi também pro­fessor de biologia. Integrou a Asso­ciação Paulista de Medicina, o Colégio Internacional de Ci­rurgiões e o Centro Médico de Ribeirão Preto.

 

Manoel Penna
Natural do Vale do Paraíba, Manoel Penna elegeu Ribeirão Preto para viver ao desembarcar na Estação Mogiana, em 1910, aos 21 anos.

Chegou à “Capital do Café” com 90 mil réis no bolso e tra­zendo consigo uma vontade de vencer.

Foi apresentado a Antonio Diederichsen, descendente de alemães e que se tornaria uma das grandes figuras da his­tória de Ribeirão Preto por seu espírito arrojado e vencedor. Dele conseguiu um emprego no Antigo Banco Construtor, onde iniciou suas atividades como balconista e varredor da loja, que na época comercializava ferragens para fazendas de café, e trabalhava até 14 horas por dia.

Aos poucos ganhou a confiança de Diederichsen, que viu nele um promissor homem de negócios. Em 1921, tornou-se gerente geral. Já em 1939, Antonio Diederichsen promove modificações na empresa dando a Manoel Penna a socieda­de direta, constituindo então a “Antonio Diederichsen e Cia”.

O comerciante dedicou sua vida ao trabalho, à família, aos amigos e a obras de caridade. Foi du­rante 30 anos tesoureiro da Santa Casa e do Asilo Padre Euclides, além de diretor da Acirp. Tra­balhou até os 87 anos e viveu até os 101 na casa construída por ele, à rua Prudente de Moraes.

 

Florestan Fernandes
Florestan Fernandes foi um sociólogo, antropólogo, escritor, político e professor brasileiro. De origem hu­milde, o intelectual trilhou os primeiros 20 anos de sua carreira na Universidade de São Paulo, até ser exilado por conta da promulgação do AI-5, em 1968.

Fernandes dedicou-se, no início de sua carreira, ao es­tudo etnológico dos índios tupinambás.
Após a década de 1950, o sociólogo passou a estudar os resquícios da escravidão, o racismo e a difícil inser­ção da população negra na sociedade altamente domi­nada por pessoas brancas.

 

Diva Tarlá
Autora da música do Hino a Ribeirão Preto, Diva Tarlá de Carvalho nasceu em Ribeirão Preto no dia 16 de março de 1914, filha de Antônio Tarlá e Branca Serra Tarlá.

Casou-se, em 1936, com Arlindo José de Carvalho, ten­do o casal os filhos Ana Helena e Arlindo Júnior.
De uma família com tradição na música, desde cedo dedicou-se à arte. Estudou com grandes nomes como os maestros Giammaruste, Camargo Guarnieri, Oswaldo Lacerda, Sérgio Vasconcellos, Ciro Brizola, Schnorem­berg e Maria Luiza Priolli, entre outros.

Lecionou no Conservatório Musical de Ribeirão Preto de 1953 até 1973, e na Faculdade de Música de 1967 até 1973, quando se aposentou e passou a lecionar piano em sua residência.

Cidadã emérita de Ribeirão Preto, Diva Tarlá de Carvalho faleceu em 28 de dezembro de 1993.

 

Dom Miele
Bernardo José Bueno Miele foi arcebispo da Arquidio­cese de Ribeirão Preto entre 1972 e 1981.

Nasceu em São Bernardo do Campo, em 10 de setem­bro de 1923, entrando para o seminário aos 24 anos, após concluir o segundo ano de engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

Sua ordenação episcopal aconteceu em 1963, assu­mindo como sucessor de Dom Felício como arcebispo em 12 de julho de 1972.

Faleceu em dezembro de 1981, quando estava a cami­nho de Aparecida do Norte, onde passaria o Natal. Está sepultado na Catedral Metropolitana de Ribeirão Preto.

 

José Wilson Toni
José Wilson Toni, ou simplesmente Wilson Toni, foi um nome importante na comunicação e na política local.
Nasceu na Vila Tibério, em 7 de fevereiro de 1953.

Começou no rádio ainda criança, com apenas seis anos, passando por diversas emissoras da cidade e chegando a comandar, de 1991 até sua morte, em 2005, um grupo que incluía programas de rádio, TV e jornal impresso.

Seu trabalho na imprensa lhe rendeu por três vezes o Prêmio Wladimir Herzog nos anos 80.

Essa popularidade lhe rendeu a eleição como o vere­ador mais votado da cidade em 1982. Dois anos de­pois foi eleito deputado estadual, ocupando também o cargo de secretário estadual de Promoção Social e Trabalho entre 1988 e 1990.

Morreu em 2 de dezembro de 2005.

 

Jovino Campos
Jovino Campos nasceu dia 11 de maio de 1927, em Ribeirão Preto, filho de Altino Campos e Mara Rivoiro Campos.

Foi funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, onde passou por diversos cargos, desde telegrafista até che­gar à direção regional.

Teve presença marcante na imprensa local, principalmente no jornalismo esportivo, atuando nos principais jornais e emisso­ras de rádio de Ribeirão Preto.

Na política foi vereador entre 1955 e 1956, assumindo cargo como suplente.

Em 1980, ao retornar a Ribeirão Preto depois de um período na Rádio Globo de São Paulo, tornou-se acionista da Rádio 79.

Faleceu em 14 de março de 1982.

 

Orestes Lopes de Camargo
Nasceu em Rio Claro (SP), em 21 de feverei­ro 1900, mudando-se ainda criança para São Paulo. Filho de Antônio Cândido de Camargo e Augusta Lopes de Camargo, estudou na Fun­dação Armando Álvares Penteado tornando-se contador e jornalista.

Casou-se com Maria Casagrande Lopes (foto), conhecida por Amália – que também dá nome a um bairro de Ribeirão Preto.

Chegou a Ribeirão Preto em 1921, adquirindo 15 anos depois o jornal A Cidade, onde já trabalhava.

Comandando o jornal por 57 anos, Orestes Lo­pes de Camargo foi vereador, chegando a presidir a Câmara, e também vice-prefeito, posição na qual assumiu interinamente a prefeitura em duas oportunidades. Faleceu em Ribeirão Preto, em 02 de abril de 1993.

 

Quito Junqueira (Parque Industrial)
Francisco Maximiano Junqueira, ou Coronel Quito Jun­queira, nasceu em São Simão, em 1867. Filho de Fran­cisco Maximiano Diniz Junqueira e Mariana Constança de Andrade Junqueira.

Ainda menino, após a morte do pai, recebeu uma consi­derável herança, constituída por terras situadas na Fa­zenda do Lajeado, em Ribeirão Preto, além de gado e di­nheiro. Mudou-se para a cidade e iniciou-se na produção de café, que faria a região conhecida em todo o mundo.

Casou-se no ano de 1891, com sua prima Theolina Ze­milla de Andrade, que ficaria conhecida como Dona Si­nhá Junqueira, com quem não teve filhos.

O Coronel Quito Junqueira faleceu em Ribeirão Preto, em 19 de novembro de 1938, aos 71 anos.

 

Candido Portinari
Candido Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, na fazenda Santa Rosa, em Brodowski. Filho de imigrantes italianos de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária, mas desde criança manifes­tou vocação artística.

Ainda jovem se mudou para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matricu­lando-se na Escola Nacional de Belas Artes.

Ao longo da vida participou de inúmeras exposições pelo mundo.

Portinari faleceu no dia 6 de fevereiro de 1962, quando pre­parava uma grande exposição de cerca de 200 obras a con­vite da Prefeitura de Milão (Itália). Foi vítima de intoxicação pelas tintas que utilizava.

 

Paulo Gomes Romeo
Paulo Gomes Romeo nasceu em Ribeirão Preto no dia 29 de novembro de 1916. Fez os estudos secundários no Ginásio do Estado e se formou médico pela antiga Universidade do Brasil, em 1940.

Foi o primeiro superintendente do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, entre 1956 e 1969, e participou também do grupo comandado por Zeferino Vaz que fundou a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Pau­lo, em 1952.

Nos anos 60, Paulo Gomes Romeo tentou entrar na vida po­lítica como prefeito. Concorreu à administração em 1963, quando foi derrotado por pouco mais de 300 votos por Wel­son Gasparini. Dez anos depois, ele assumiu a Secretaria de Estado da Saúde, durante a administração de Laudo Natel (1971-1975).

 

Roberto Benedetti
Filho de Caetano Benedetti e Gema Benedetti, Roberto Bene­detti nasceu em Ribeirão Preto no dia 30 de março de 1916.

Casado com Walkyria de Sousa Benedetti, teve dois filhos: Ro­berto e Arnaldo.

Bancário, Roberto foi presidente do sindicato da categoria, ele­gendo-se vereador na quarta legislatura da Câmara Munici­pal de Ribeirão Preto. Neste pe­ríodo (1960 a 1963) ocupou os cargos de segundo secretário, vice-presidente e presidente interino.

Era um dos suplentes do vereador cassado Pedro Augus­to de Azevedo Marques que também tiveram os mandatos extintos na sessão secreta de 12 de maio de 1964, sob a alegação de serem “divulgadores da doutrina marxista e mi­litantes comunistas”.

Faleceu em Ribeirão Preto, em 24 de outubro de 1974.

 

Rubem Cione
Rubem Cione nasceu em Mar­condésia, distrito de Monte Azul Paulista, em 30 de agosto de 1918, filho de Benjamim Cione e Antonieta Perrone Cione.

Em 1934 mudou-se com a fa­mília para Ribeirão Preto, onde passou a lecionar Português e Geografia na antiga Associação de Ensino e na Escola Estadual Fábio Barreto.

É reconhecido como “O Histo­riador da Cidade”, pela autoria dos cinco volumes da História de Ribeirão Preto, obra de refe­rência sobre o assunto.

Foi advogado, político, jornalista, historiador e escritor, além de apaixonado por Ribeirão Preto. Ocupou por 26 anos as cadeiras de Odontologia Legal, Legislação e Ética da Facul­dade de Odontologia da USP. Entre 1947 e 1951 foi vereador em Ribeirão Preto.

Idealizou e fundou a Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas, além de membro da Academia Ribeirãopretana de Letras e do Rotary Clube Norte, entre outras entidades.

 

Salgado Filho
Joaquim Pedro Salgado Filho nasceu em Porto Alegre (RS), em 2 de julho de 1888. Formado em Direito na Faculdade do Rio de Janeiro, apoiou politicamen­te Getúlio Vargas, de quem foi ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, sendo no cargo o responsável pela regulamenta­ção do trabalho feminino e ins­tituição da carteira profissional.

Além de diversos outros cargos públicos foi o primeiro ministro da Aeronáutica, desempenhan­do importante papel de incenti­vo à criação de aeroportos pelo país.

Em 1947, antes de ser eleito senador pelo Rio Grande do Sul, esteve em Ribeirão Preto para participar da doação de 10 aviões para a campanha “Deem asas para o Brasil”, cujo objetivo era consolidar a aviação civil no Brasil.

Faleceu em 1950, coincidentemente em um acidente aéreo em São Borja (RS). Seu nome batiza os aeroportos de Porto Alegre e São Carlos, além de diversos bairros e ruas em di­versas cidades.

 

José Jacques
(Santa Cruz do José Jacques)
A área de terra que originou o bairro Santa Cruz do José Ja­cques era denominada a Fazenda do Retiro, de José Theo­doro Jacques, proprietário de uma vasta plantação cafeeira e de vários alqueires de terra naquela região.

José Theodoro Jacques bastante religioso, locomovia-se com muletas. Ao fixar em Ribeirão Preto, adquiriu algumas glebas de terras e após construir uma singela casinha, tam­bém construiu uma capelinha bem próxima à sua residên­cia. Diariamente reuniam-se os membros de sua família e rezavam o terço juntamente com os outros moradores, que também adquiriram terras e passaram a morar no lugarejo que se formava.

Em 1887, José Theodoro Jacques e sua esposa, fazem do­ação de terras para patrimônio da capela se Santa Cruz. Em sua maioria, o bairro Santa Cruz do José Jacques é cons­tituído de população advinda das Fazendas Aliança, Nova Aliança e Retiro Saudoso, em consequência do êxodo rural.

 

Vila Abranches
Homenagem ao idealizador do bairro, Paulo Abranches de Faria.

Mineiro de Araguari, ele adqui­riu uma área rural logo que se mudou para Ribeirão Preto.

O sonho de “deixar alguma obra feita por ele mesmo” começou a ser concretizado em 1965, quan­do era vereador, com o apoio do então prefeito Welson Gasparini e a execução e pavimentação da avenida Barão do Bananal.

Inicialmente foram loteados 300 terrenos na parte alta da gleba, sendo o restante divididos em diversas pequenas chácaras.

 

Vila Lobato


Jorge Lobato Marcondes Machado foi um engenheiro civil que prestou serviços para a Companha Mogiana de Estra­das de Ferro, principalmente na construção dos ramais de Igarapava e Pontal.

Natural de Taubaté, no Vale do Paraíba, mudou-se para Ri­beirão Preto em 1905, com 26 anos.

Fez parte do Partido Republicano Paulista, tendo sido mem­bro do diretório estadual do partido, vereador em duas le­gislaturas (1926 a 1932) e presidente da Câmara Municipal.

Além de engenheiro, Jorge Lobato exerceu outras atividades na cidade, como comerciante (foi precursor do comércio de águas minerais), banqueiro e professor de geometria e tri­gonometria do antigo Giná­sio do Estado (atual Otoniel Motta).

Foi casado com Ana Jun­queira, filha do coronel Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, um dos chefes políticos de maior impor­tância na época em Ribei­rão Preto. Faleceu em 27 de abril de 1965.

 

Vila Seixas
A ocupação da Vila Seixas aconteceu a partir da década de 20, com a crescente necessidade de expansão territorial a partir do Centro de Ribeirão Preto.

A área, inicialmente conhecida pela paisagem rural, era for­mada por chácaras e propriedades agrícolas, sendo a maior delas pertencente a Alberto Seixas, produtor de café que acabou dando nome ao bairro.

Entre 1920 e 1922, período de maior glória do clube, foi pre­sidente do Commercial Football Club.

 

Vila Tibério
Considerado um dos bairros mais tradicionais de Ribeirão Preto, a Vila Tibério tem sua his­tória iniciada no final do século passado, mais precisamente em 1890, quando Tibério Augusto Garcia de Senne, agrimensor por profissão, casou-se com Deolinda Franco, filha do então proprietário da área, o coronel João Franco de Moraes Octávio.

Foi ele o responsável por lotear o terreno, que se estendia des­de as proximidades da Estação Mogiana até onde atualmente se situa o Campus da Universidade de São Paulo, e fazia fronteira com a Fazenda Monte Alegre, do coronel Francisco Schmidt.

Tibério, atraído a Ribeirão Preto pela fama progressista da cidade, comprou diversas chácaras e realizou um grande lo­teamento, o qual foi aos poucos adquirido por ferroviários, agricultores e trabalhadores na lavoura, em sua maior parte imigrantes italianos.

 

Vila Virgínia
O nome do bairro é uma home­nagem a Virgínia de Lima, espo­sa do fundador Álvaro de Lima, que deu início ao loteamento ao adquirir, em 1923, oito alqueires da chácara Paraíso, propriedade de Lindolfo Faria Nogueira.

Nascida em Espírito Santo do Pinhal, teria sido ela a grande incentivadora para que o ma­rido loteasse a terra adquirida com as economias guardadas do trabalho como viajante. Os primeiros lotes foram vendidos a preços baixos para a época, sendo muitos, inclusive, doados para a construção de benfeitorias.

Por iniciativa de Virgínia foi fundado o primeiro grupo esco­lar do bairro, que a princípio funcionou em sua própria casa. Também foi ela quem convenceu Álvaro de Lima a iniciar a construção da primeira igreja do bairro, mais tarde ampliada para o que hoje é a Igreja de Santa Maria Goretti.

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