Tribuna Ribeirão
Economia

Pix já tem mais de 3,5 mi de chaves

ALFREDO RISK

Dados divulgados no início da noite desta segunda-feira, 5 de outubro, apontam que o Ban­co Central (BC) registrou 3,5 milhões de chaves do Pix.

Novo sistema de pagamen­tos instantâneos, previsto para começar a funcionar em 16 de novembro, entrou oficialmente em teste ontem.

Agora, os clientes podem registrar as chaves digitais de endereçamento para enviar ou receber recursos em 677 institui­ções financeiras – bancos, finte­chs e cooperativas. O BC lembra que não existe uma data limite para que pessoas físicas e em­presas realizem o cadastramento das chaves do PIX.

Alguns clientes têm recla­mado nas redes sociais de di­ficuldades para acessar alguns aplicados de bancos, para regis­tro das chaves. Segundo o BC, as chaves são o “método fácil e ágil” de identificação do recebe­dor. Desta forma, o pagador não precisará de dados como núme­ro da instituição, agência e conta para fazer uma transferência.

Para cadastrar a chave, basta acessar o aplicativo da instituição em que tem conta e fazer o registro. Deve ser vin­culado a uma conta específi­ca uma das três informações: número de telefone celular, e-mail ou Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

As informações serão arma­zenadas em uma plataforma tec­nológica desenvolvida e operada pelo BC, chamada Diretório Identificador de Contas Tran­sacionais (DICT), um dos com­ponentes do Pix. Anteriormente previsto para iniciar em 3 de novembro, o registro das Chaves Pix foi antecipado para que os clientes e as instituições tenham mais tempo para se familiarizar com o novo sistema.

Estarão disponíveis anteci­padamente todas as funcionali­dades para a gestão das chaves, como registro, exclusão, alte­ração, reivindicação de posse e portabilidade. As regras especí­ficas constam de regulamento publicado pelo BC em agosto.

Neste período antecipado, a participação das instituições financeiras e de pagamentos no registro das chaves ocorre de forma facultativa. O único pré-requisito exigido é a con­clusão bem-sucedida da etapa de homologação.

Operação
O Pix funcionará 24 horas por dia e reduzirá para dez se­gundos o tempo de liquidação de pagamentos entre estabeleci­mentos com conta em bancos e instituições diferentes. As tran­sações poderão ser feitas por meio de QR Code (versão avan­çada do código de barras lida pela câmera do celular) ou com base na chave cadastrada.

A nova ferramenta trará agilidade em relação a sistemas atuais de pagamento, como a transferência eletrônica dispo­nível (TED), que leva até duas horas para ser compensada, e o documento de ordem de cré­dito (DOC), liquidado apenas no dia útil seguinte.

No caso de empresas, a plata­forma traz vantagens em relação ao pagamento por cartão de dé­bito. Isso porque o consumidor pagante não precisará ter conta em banco, como ocorre com os cartões. Bastará abastecer a car­teira digital do Pix para enviar e receber dinheiro.

De acordo com Leandro Vi­lain, diretor executivo de Inova­ção da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o sistema faz parte de medidas importan­tes para reduzir a necessidade de circulação de dinheiro em espé­cie, “que tem custo de logística de R$ 10 bilhões ao ano”.

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