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Dengue cai 97% em três meses

Desde o dia 1º de janeiro e até 30 de setembro, Ribei­rão Preto somava 17.525 ca­sos confirmados de dengue e a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga mais 26.254 pacientes que podem estar com a doença – aguarda o resultado de exames, segun­do o Boletim Epidemiológico divulgado nesta segunda-feira, 5 de outubro.

A tendência é de queda, apesar de Ribeirão Preto ter declarado epidemia de dengue ainda no primeiro semestre, a sexta em onze anos. A média diária de pessoas diagnostica­das com o vírus transmitido pelo Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e das fe­bres chikungunya e amarela – em 273 dias é de 64, menos de três por hora (2,6), bem abaixo da média de 79 até agosto e do pico do ano, que até maio era de 102.

Dos 17.525 casos confir­mados até agora, 2.934 são de janeiro, 6.661 de fevereiro, 5.028 de março, 1.863 de abril, 805 de maio, 167 de junho, 50 de julho, 14 de agosto e apenas três de setembro. No mesmo mês de 2019 foram 51, e a que­da neste ano chega a 94,1%, ou 48 enfermos a menos. No terceiro trimestre deste ano, o Aedes agypti fez 67 vítimas, contra 450 do mesmo período de 2019. São 383 a menos em 2020, retração de 85,1%.

Na comparação com o tri­mestre anterior, a queda é de 97,6%. São 2.768 pacientes a menos dos que os 2.835 de abril a junho. Porém, o núme­ro de vítimas do Aedes aegypti em nove meses de 2020 já está 21,5% acima das 14.421 pesso­as infectadas em 2019 inteiro, com 3.104 ocorrências a mais. No ano passado, três pessoas morreram em Ribeirão Preto vítimas de dengue hemorrá­gica – não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus.

Em 2020, já ocorreram seis mortes na cidade, mas um caso é importado de São Simão e a Secretaria da Saúde contabili­za cinco, oficialmente – nove exames aguardam resultado e estão à espera de confirmação. Neste ano, a maioria das víti­mas do mosquito tem entre 20 e 39 anos (6.528).

Depois aparecem os adul­tos de 40 a 59 anos (4.399), jovens de dez a 19 anos (2.773), idosos com mais de 60 anos (1.908), crianças de 5 a 9 anos (1.157), de um a quatro anos (649) e menores de um ano (111). Em 2020, os casos de dengue foram re­gistrados nas regiões Oeste (5.081), Leste (3.625), Norte (3.558), Sul (3.301) e Central (1.960) – não há ocorrências sem identificação de distrito.

Quatro vezes mais casos
Ribeirão Preto acumula 140.810 casos de dengue e pelo menos cinco grandes epide­mias em pouco mais de onze anos, desde 2009. Pior: o nú­mero de vítimas do Aedes ae­gypti, o mosquito transmissor, pode ser quatro vezes superior e passar de 563 mil, segundo a Divisão de Vigilância Epide­miológica da Secretaria Muni­cipal de Saúde.

Um estudo divulgado du­rante as últimas epidemias indica que, para cada caso confirmado da doença, outros três não são notificados. Neste caso, o número de infectados pode chegar a 563.240 pessoas em onze anos e oito meses. Ri­beirão Preto não tem casos de chikungunya, zika vírus e febre amarela neste ano, mas tem quatro de sarampo confirma­dos – 14 já foram descartados –, segundo o Boletim Epide­miológico da Secretaria Muni­cipal da Saúde.

Em 2018, Ribeirão Preto registrou 271 casos de den­gues. Em 2017, foram 246, o volume mais baixo dos úl­timos doze anos. Em 2014 foram 398 registros. Nos de­mais oito anos os casos con­firmados foram superiores a mil, em alguns deles passando de dez mil registros, como em 2016 (de 35.043 casos, maior surto da história da cidade), 2010 (de 29.637), 2011 (de 23.384) e 2013 (de 13.179). O terceiro menor registro de casos ocorreu em 2012, com 317. Ribeirão Preto também constatou 1.700 casos em 2009 e 4.689 em 2015.

Casos de dengue em Ribeirão Preto
2009 – 1.700 casos
2010 – 29.637 casos
2011 – 23.384 casos
2012 – 317 casos
2013 – 13.179 casos
2014 – 398 casos
2015 – 4.689 casos
2016 – 35.043 casos
2017 – 246 casos
2018 – 271 casos
2019 – 14.421 casos
2020 – 17.525 *

* São 2.934 de janeiro, 6.661 de fevereiro, 5.028 de março, 1.862 de abril, 805 de maio, 167 de junho, 50 de julho, 14 de agosto e 03 de setembro

Total desde 2009: 140.810, mas estudo da SMS aponta que o número pode ser quatro vezes superior, de 563.240

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