Por João Pedro Malar, estagiário sob supervisão de Charlise Morais
A pandemia do novo coronavírus teve diversos efeitos no Brasil, e um deles foi a possibilidade de adiar uma das maiores festas do País em 2021: o carnaval. Ainda sem uma data concreta para a liberação de uma vacina e com a necessidade de distanciamento social, não se sabe exatamente como ocorrerá o carnaval no próximo ano.
Para entender de que forma a pandemia mudou os hábitos da população pensando em um evento repleto de contato físico e aglomeração, foi realizada uma pesquisa com moradores das cidades de Salvador, Rio de Janeiro, Recife, Olinda, São Paulo e Belo Horizonte, conhecidas pelas celebrações no feriado do carnaval.
Dos mil entrevistados, todos entre 18 e 45 anos, 60% pretendem mudar o comportamento nas festas do feriado, mesmo se uma vacina já estiver em circulação. Além disso, 67% são a favor do cancelamento do carnaval 2021, e 31% afirmaram que só participarão da folia se uma vacina já estiver disponível.
Pensando no comportamento do público nas celebrações, 68% dos entrevistados disseram que estão mais exigentes com as condições de higiene nos eventos, e 49% darão preferência para festas menores, com 38% pretendendo evitar os tradicionais blocos de carnaval e aglomerações.
Ainda sobre as mudanças de hábito, 40% dos entrevistados afirmaram que pretendem evitar carinhos e beijos de desconhecidos. Já sobre o adiamento do carnaval, já anunciado em São Paulo, no Rio de Janeiro e possível em outros Estados, 50% disseram que não pretendem comemorar, mesmo em uma nova data.
A pesquisa foi encomendada pela agência de marketing Estalo, que trabalha há mais de dez anos com carnaval de rua, e realizada pela empresa Mindminers entre 4 e 10 de agosto.