O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 2 de outubro, o início da Campanha de Vacinação de Poliomielite e Multivacinação a partir da próxima segunda-feira (5). O objetivo é atualizar a carteirinha de vacinação de crianças e adolescentes entre zero e 14 anos de idade, reforçando a proteção contra paralisia infantil (polio) nos menores de 5 anos.
A meta da Secretaria Municipal da Saúde é imunizar 169.142 jovens em Ribeirão Preto. Segundo nota da pasta, o público-alvo envolve 135.384 crianças e adolescentes de até 14 anos que precisam atualizar as carteiras de vacinação e a imunização de 33.758 meninos e meninas de 1 a menores de cinco anos contra a poliomielite.
A cidade possui, atualmente, 36 salas de vacinas que permanecem abertas de segunda a sexta-feira, em horários variados. No “Dia D” de mobilização, que será realizado no terceiro sábado do mês, 17 de outubro, todas as unidades de saúde que possuem sala de vacinação com atendimento a crianças estarão abertas. Durante esta semana foram realizadas reuniões online para capacitação das salas de vacinas, que encontram-se preparadas para receber essa população.
Em todo o estado, para garantir a prevenção contra a poliomielite, pais ou responsáveis por crianças entre 1 ano a menores de 5 anos deverão levar os pequenos para receber a “gotinha” (vacina oral, VOP). A meta é alcançar cobertura vacinal de 95% de um total de 2,2 milhões de crianças (ou seja, pelo menos 2,1 milhões).
A revacinação contribui com a redução do risco de reintrodução do vírus no Brasil – hoje, há circulação no Afeganistão e Paquistão. Simultaneamente, a campanha de multivacinação será focada na atualização de carteiras vacinais de crianças e adolescentes de zero a 14 anos. A finalidade é que pessoas nessa faixa etária recebam doses de vacinas importantes e que podem estar pendentes, garantindo assim a devida proteção contra vírus que circulam no território.
“Estas campanhas foram criadas justamente para incentivar a ida aos postos de saúde e, assim, garantir a proteção adequada”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. Os pais ou responsáveis devem levar as crianças a um dos cinco mil postos de saúde localizados nos municípios de São Paulo com a carteira de vacinação em mãos para que um profissional avalie quais doses precisarão ser aplicadas, tanto para eventual situação de atraso, falta ou necessidade de reforço.
A medida contribui para melhorar as coberturas vacinais, que têm oscilado nos últimos anos. No total, serão oferecidas 14 tipos de vacinas que protegem contra cerca de 20 doenças. Tem a BCG (tuberculose), rotavírus (diarreia), poliomelite oral e intramuscular (paralisia infantil), pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b – Hib), pneumocócica, meningocócica, DTP, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais), além das vacinas contra febre amarela, varicela e hepatite A.
Além disso, neste ano, também passou a integrar o Sistema Único de Saúde (US) uma nova vacina, já inserida na campanha: Meningo ACWY, que protege contra meningite e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y. Somando todos os tipos de vacinas, são mais de 5,2 milhões distribuídas nos postos do estado para aplicação na população-alvo.
Serão mobilizados cerca de 30 mil profissionais de saúde até o dia 30 de outubro, prazo definido pelo Ministério da Saúde na campanha nacional. O Dia de Mobilização (“Dia D”) será 17 de outubro, com postos abertos no sábado. “A imunização correta garante a proteção contra complicações provocadas por diferentes tipos de vírus e, consequentemente, reduz casos e mortes.
As campanhas contribuem para erradicação e para a eliminação do risco de reintrodução de doenças no território”, explica a diretora de Imunização da Secretaria, Núbia Araújo. No geral, são indicadas coberturas vacinais de 90% e 95% para proteção efetiva da população, mas tais índices não têm sido atingidos devido à baixa adesão.
Alguns exemplos de cobertura inferior registrada em 2019, conforme dados disponíveis em sistema do Programa Nacional de Imunizações (PNI) são menincoccócica C (87,28%), pentavalente (71,77%), poliomielite (86,16%), e tríplice viral (91,37% na primeira dose e 82% na segunda dose). Os dados preliminares de 2020, até agosto, indicam a importância de melhorar os índices.