Tribuna Ribeirão
Cultura

Obra de Paulo Freire é tema de espetáculo

DALTON VALÉRIO

Sucesso nos palcos do país e em sessões online, o espetá­culo “Paulo Freire, o andarilho da utopia” tem sua temporada virtual prorrogada até 31 de ou­tubro, com sessões aos sábados (às 21 horas) e domingos (às 17 horas). Até agora mais de 800 pessoas participaram das apre­sentações pelo Zoom, que con­tam com um diferencial entre outros espetáculos na mesma plataforma: as câmeras devem ficar abertas e há interação en­tre ator e espectadores.

A partir do legado deixado por Paulo Freire (1921-1997), que mostrou aos brasileiros a importância da luta pela digni­dade humana, Richard Riguet­ti (ator), Luiz Antônio Rocha (encenação) e Junio Santos (dramaturgia) encenam a ins­piradora vida do educador em montagem indicada ao Prêmio Shell de 2019 na categoria Ino­vação. A venda de ingressos está disponível pelo Sympla (www.sympla.com.br/paulo­-freire-o-andarilho-da-utopia).

Além do espetáculo
Montagem já vista por 41 mil espectadores no país –, a equipe apresenta, às quintas­-feiras, às 20 horas, a “Roda na rede com Paulo Freire, o anda­rilho da utopia”, com a presen­ça de um convidado especial a cada semana. Nita Freire, viúva do educador, já participou da série de encontros, que já reu­niu cerca de mil espectadores durante a temporada.

A peça acompanha a tra­jetória e os causos de um dos mais notáveis pensadores da história da educação mun­dial, misturando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua. A ideia é evidenciar na encena­ção a amorosidade de Paulo Freire com o ser humano, e o profundo respeito ao diálogo e à aceitação das diferenças.

Em todas as sessões virtuais, logo após a peça, há um bate-pa­po com o diretor, o dramaturgo e o ator do espetáculo sobre os ideais deixados pelo patrono da educação brasileira. “Com a pandemia, a arte precisou se reinventar para permanecer viva! E o teatro, considerado a arte da presença, tem buscado alternativas e novos caminhos”, diz o ator Richard Riguetti.

O diretor Luiz Antonio Ro­cha acrescenta que a necessidade do confinamento nos faz lembrar de passagens da vida de Paulo Freire: “Assim como o mestre foi perseguido pela ditadura militar e forçado a ser exilar, todos nós estamos, de uma certa forma, exilados pela pandemia e afasta­dos do convívio social. E lutando para que nosso ofício permaneça vivo e pulsante”.

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